Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, das 734 mil pessoas com o vírus, 145 mil não sabem que o portam
Dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Saúde mostram que 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Do total, 589 mil foram diagnosticadas e 145 mil ainda não sabem que têm o vírus – cerca de 20%. A incidência é maior no público masculino do que no feminino, com 26,9 e 14,1 casos em 100 mil habitantes, respectivamente.
Entre os jovens com entre 15 e 24 anos a incidência tem aumentado, passando de 9,6 casos por 100 mil habitantes em 2004 para 12,7 casos por 100 mil habitantes em 2013. Ao todo, 4.414 novos casos foram detectados em jovens em 2013, enquanto em 2004 foram 3.453.
Com o intuito de levar mais informações para o público jovem, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha com foco na prevenção, na necessidade de se fazer o teste para diagnóstico e no tratamento da doença. Usando a gíria #partiuteste, a campanha também vai ter material específico para a população jovem de gays e travestis.
“Camisinha, teste e tratamento é a estratégia central com a qual estamos trabalhando, e [a campanha] vai trabalhar o tempo inteiro com a prevenção combinada de uso do preservativo, testagem e tratamento”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Ao todo, 0,4% da população brasileira tem HIV/Aids. Entre gays e homens que fazem sexo com homens maiores de 18 anos o índice sobe para 10,5%. Na população que usa crack, 5% têm o vírus.
A diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, disse que é preciso haver estratégias que tenham os jovens como público-alvo para combater de forma eficiente a Aids no Brasil e no mundo.
Veja quais são os grupos mais vulneráveis para contrair o HIV:
- Estão vulneráveis ao HIV metade dos brasileiros que admitem transar sem camisinha logo na primeira vez com o parceiro
- Também correm riscos os 135 mil que têm aids e desconhecem e 60% da população que nunca fez o teste do HIV
- São faces da epidemia atual os jovens gays, que eram 40% dos novos casos e hoje são 50%
- Também fazer parte da epidemia atual meninas com menos de 20 – única faixa etária em que o sexo feminino supera o masculino em contaminações
- Fazem parte do perfil da epidemia mulheres com mais de 60 que eram 8% dos novos casos femininos e hoje são 15%
- Também estão no alvo dos novos casos homens com mais de 50 – eles voltaram à vida sexual ativa com ajuda dos medicamentos para impotência, mas sem camisinha
- Também exemplificam os casos os usuários de crack. A pedra é gatilho para o comportamento sexual de risco e que 12% dos usuários admitem trocar sexo por droga
Agência Brasil
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