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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Risco de dengue no mundo cresce por mudanças no clima e urbanização, revela pesquisa

Mapas da vulnerabilidade à doença indicam que Europa, oeste e centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos
 
Londres - Partes da Europa, do oeste e do centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos de dengue devido a mudanças climáticas e maior urbanização, de acordo com os primeiros mapas da vulnerabilidade à doença divulgados nesta terça-feira pela Universidade das Nações Unidas. O estudo lista ainda dez dos países mais afetados, com o Brasil no topo do ranking.
 
Os pesquisadores afirmam que, à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul, áreas hoje muito frias para abrigar o mosquito Aedes aegypti, transmissor só vírus, durante o ano inteiro.
 
“Mudanças no clima podem resultar num aumento da exposição e representar uma ameaça grave a áreas que não sofrem com a dengue endêmica no momento”, disse o relatório.
 
A previsão é que a doença também se espalhe pelas regiões central e ocidental do continente africano, onde o saneamento básico e o serviço de saúde são insuficientes.
 
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Os novos mapas ilustram a expansão e a contração da vulnerabilidade à dengue durante o ano, mostrando os locais críticos e onde o vírus pode se tornar perigoso. Assim, os países poderiam fazer o monitoramento.
 
— Vimos em relação ao Ebola que neste mundo globalizado em que vivemos doenças infecciosas podem viajar — disse Corinne Schuster-Wallace, pesquisadora da Universidade das Nações Unidas.
 
— As condições dessas doenças são dinâmicas, e, uma vez que estamos mudando o nosso padrão social e ambiental, a distribuição global de doenças como a dengue vai mudar.
 
Embora os mapas não tenham sido feitos para prevenir surtos, ela disse que se os mosquitos e o vírus chegam em áreas vulneráveis, a dengue pode se tornar endêmica nesse lugar.
 
Não há vacina para a dengue, doença que mata um número estimado de 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
No entanto, alguns especialistas afirmam que o número de pessoas infectadas por ano pode ser mais de três vezes a estimativa da OMS.
 
Ao colocar o Brasil no topo da lista de países onde a doença é endêmica, o relatório explica que, de 2004 a 2010, o país Brasil informou o maior número de casos, cerca de 450 mil. No geral, no entanto, o sul da Ásia e no Sudeste Asiático são considerados como tendo os mais altos níveis de vulnerabilidade ao vírus. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, a doença mata 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões.
 
O Globo

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