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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Novo consenso sobre ejaculação precoce aponta aspectos psicológicos como causa do problema

Médicos dividiram o problema em primário e secundário, de acordo com a fase da vida em que ele surge

Por Dr. Dr. Ailton Fernandes Urologista - CRM 728179/RJ
 
A ejaculação precoce se caracteriza pela ejaculação extremamente rápida podendo ocorrer mesmo antes da penetração vaginal, ou em 1 a 2 minutos após a penetração. É uma das disfunções sexuais masculinas mais comuns, que afetam cerca de 20 a 30% dos homens de todas as idades.

Em dezembro de 2014 a Sociedade Internacional de Medicina Sexual liberou um consenso sobre esse problema, que é classificado atualmente em dois tipos: ejaculação precoce primária e secundária. A ejaculação precoce primária já se manifesta com a primeira experiência sexual e permanece assim durante a vida. Pela sua característica, esse tipo acomete homens jovens que estão na iniciação sexual.

Por outro lado, a ejaculação precoce secundária ou adquirida se caracteriza por um aparecimento gradual ou súbito cujo início ocorre após experiências sexuais, em homens com tempo de ejaculação normal, mas que por algum motivo se tornaram mais ansiosos. Diferentemente da primária, o tempo para a ejaculação costuma ser maior na forma secundária. De maneira que a diferença básica entre as duas formas está na época do surgimento do problema (antes ou após o início da atividade sexual) e no tempo para se atingir a ejaculação.
 
Embora a ejaculação precoce não seja um distúrbio puramente psicológico, a maioria dos estudos demonstra que fatores psicogênicos desempenham um papel significativo na sua gênese. Uma explicação é que os homens, culturalmente, são condicionados para atingir o clímax rapidamente, pelo medo de serem descobertos quando do início da atividade sexual, seja através de relação sexual propriamente dita ou através de masturbação. Este padrão de obtenção rápida de liberação sexual é difícil de mudar em relacionamentos conjugais de longo prazo. 
 
A terapia psicológica pode ser utilizada como único tratamento ou em conjunto com as demais. O foco da terapia psicológica é identificar dificuldades psicológicas que podem contribuir para a ejaculação precoce e também resolver problemas em relacionamentos que podem ter contribuído para a causa. Esta terapia pode ser realizada individualmente ou com o casal no sentido de discutir sobre problemas com a intimidade. Ao mesmo tempo, a terapia psicológica também pode ajudar o homem controlar a ansiedade a propósito do desempenho sexual e assim aumentar a confiança sexual. 
 
A causa exata da ejaculação precoce ainda não é conhecida. Embora nenhuma teoria sobre as causas orgânicas tenha sido comprovada, estudos sugerem que a serotonina, substância natural produzida por nervos, é importante. Um desarranjo das ações de serotonina no cérebro pode ser uma causa. Estudos sugerem que quantidades elevadas de serotonina no cérebro retardam o tempo de ejaculação enquanto que quantidades baixas de serotonina podem produzir ejaculação precoce. 
 
Outros fatores de risco para a puberdade precoce são uma predisposição genética, obesidade, inflamação da próstata, alterações de hormônio da tireoide, estresse e experiências sexuais traumáticas.

Minha Vida

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