Dados obtidos pela Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) mostram que, anualmente, cerca de 20 mil pessoas morrem, no País, vítimas da automedicação. Por causa das atribulações da vida moderna e muitas vezes da dificuldade de acesso a um médico, a automedicação se tornou uma perigosa atitude na tentativa insistente de alívio de dor ou incômodo. Mesmo os medicamentos isentos de prescrição que, segundo informe do Conselho Nacional de Saúde, correspondem a 65% do mercado, precisam ser ingeridos com critério.
Segundo o endocrinologista do Hospital Albert Einstein, Paulo Rosenbaum, os perigos da automedicação atingem vários tipos de medicamentos. “Anti-inflamatórios podem provocar úlceras e até sangramentos no sistema digestório e pioram a função renal em idosos. Analgésicos podem mascarar sintomas e antibióticos podem causar resistência”, afirma.
Em pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ), foi constatado que 76,4% da população brasileira utiliza medicamentos com base na indicação de vizinhos, colegas, amigos e familiares. Em muitas destas situações, os usuários determinam a dose sem nenhum critério.
“Se já é difícil para o próprio médico entender um sintoma e acertar a medicação do paciente, imagine o risco que ele corre se começar a se medicar por conta própria”.
R7
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