No dia 31 de março o governo federal vai divulgar o índice de reajuste nos preços dos medicamentos, conforme prevê a legislação. Mas ao contrário dos outros serviços de preços administrados, como combustíveis, energia e transportes, o reajuste não deverá ser tão rigoroso. Isso porque o setor já trabalha com a expectativa de o governo conceder um reajuste abaixo da inflação, como ocorre tradicionalmente a cada ano. Além disso, houve mudanças na fórmula do cálculo de reajuste que poderá diminuir o índice de reajuste, segundo o Ministério da Saúde.
No ano passado, quando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os últimos 12 meses marcou 5,68%, a Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed), organismo ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que controla os reajustes do setor, autorizou um aumento de 3,35%.
A questão para o consumidor, no entanto, é que a inflação de 2015 está muito maior do que a registrada no início do ano passado. Ou seja, mesmo que o percentual de reajuste seja inferior ao medido pelo IPCA, o aumento este ano deverá ficar num patamar maior do que o registrado em 2014.
De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação dos últimos 12 meses foi de 7,70%, 2 pontos percentuais a mais em relação ao ano passado.
Jornal do Comércio
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