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segunda-feira, 2 de março de 2015

Saiba o que observar na hora de comprar um travesseiro e como conservar o acessório

Reprodução: Especialistas indicam que é preciso observar o
ângulo entre o pescoço e o ombro (veja no quadro abaixo)
quando deitamos de lado na cama.
"Com uma postura correta, os músculos relaxam, e a pessoa tende a dormir melhor", diz especialista
 
Se você pensa em trocar o travesseiro, é melhor reservar algum tempo de seu dia: não basta escolher um novo pelo preço após dar algumas afofadas no acessório. Segundo Fernando Gustavo Stelzer, neurologista e membro da Associação Brasileira do Sono, é importante que a coluna esteja alinhada durante o sono. 
 
– Com uma postura correta, os músculos relaxam, e a pessoa tende a dormir melhor – explica.
 
Para que a posição ideal seja encontrada, uma série de fatores tem de ser levada em consideração, como a altura e a densidade.
 
Especialistas indicam que é preciso observar o ângulo entre o pescoço e o ombro (veja no quadro abaixo) quando deitamos de lado na cama.
 
– Deste modo, todos os nervos ficam livres para que os estímulos liberados pelo cérebro durante o sono percorram o corpo de uma forma completa – esclarece a responsável por desenvolvimento de produto dos travesseiros Duoflex, Renata Federighi.
 
Portanto, se você puder testar o acessório antes de comprar, melhor. De acordo com Denis Martinez, especialista em medicina do sono, “ao longo da história, as pessoas usaram diferentes métodos de descansar a cabeça”. Para descobrir qual o mais indicado para você, o caderno Vida elaborou o guia do travesseiro.
 
Altura
A principal função do travesseiro é deixar a coluna alinhada enquanto dormimos. Por isso, devemos levar em consideração a posição em que passamos a maior parte da noite e o nosso biotipo. A posição mais indicada é a lateral: para essa, a pessoa deve escolher um travesseiro de modo que, ao repousar a cabeça, haja um ângulo de 90º com relação ao ombro que é apoiado na cama.
 
O ideal é que a cabeça fique alinhada com o resto da coluna para evitar que o sono seja prejudicado por causa de dores – explica Stelzer. O neurologista ainda diz que quem gosta de dormir com travesseiros mais altos deve se preocupar em manter o tronco inclinado também – não apenas a cabeça. As pessoas que preferem deitar de barriga para cima ou de bruços devem optar por travesseiros mais baixos, indica Renata.
 
Densidade
Quando compramos um colchão, os vendedores medem a densidade ideal com base no peso da pessoa que o usará, lembra Stelver. O indicado, esclarece o neurologista, é que algo semelhante seja feito na hora de adquirir um travesseiro.
 
O travesseiro tem de ser macio, mas não tanto a ponto de afundar muito a cabeça. Deve apresentar uma sustentação básica, mas também não pode ser muito duro. O importante é continuar pensando na dica anterior: ao deitar, a coluna tem de ficar alinhada.
 
Temperatura
Os travesseiros fabricados a partir de espuma de poliuretano (espuma comum, viscoelástico, látex), assim como os de fibras, acompanham a temperatura do corpo.
 
Os de látex natural e os travesseiros com aplicações de gel são mais frescos. 
 
De preferência pessoal
Espuma comum: Tende a se ajustar à cabeça, podendo "afundar" com o tempo, perdendo altura e densidade.
 
Viscoelástico: Conhecido como travesseiros da "Nasa", se molda facilmente à cabeça. Além disso é antipressão, o que significa que não há resistência contra o peso descansado sobre ele.
 
Látex Natural: Produzido a partir da seiva da seringueira, apresenta maior elasticidade e suporte. Tem temperatura sempre inferior à do corpo. É indeformável e lavável.
 
Látex de Poliuretano: Produzido com espuma de poliuretano, apresenta o mesmo toque e elasticidade do látex natural. Porém, suas células tendem a se conformar com o uso. Não é lavável.
 
Fibras sintéticas: São os de preço mais acessível, mas, geralmente, têm vida útil curta. Noite após noite, a tendência é de que fiquem cada vez mais baixos. É lavável.
 
Penas e plumas: São macios, mas podem gerar alergias em algumas pessoas.
 
Quando trocar
A indicação é de que, independentemente da vida útil do material do recheio, o travesseiro seja trocado por um novo a cada dois anos.
 
Com o tempo, ele acumula ácaros, pois é feito com materiais porosos que armazenam secreções expelidas durante o sono, como saliva, cera de ouvido e pele morta.
 
Já a fronha deve ser trocada de uma a duas vezes por semana, com toda a roupa de cama. As pessoas que transpiram muito têm de mudar a fronha com mais frequência.
 
Entre as pernas
Segundo o especialista em medicina do sono Fernando Stelzer, o uso de um travesseiro entre as pernas enquanto a pessoa dorme de lado é necessário em dois casos: quando o paciente ronca ao virar de barriga para cima ou quando o indivíduo fica acamado por muito tempo.
 
– A gente dá a orientação nessas duas situações para que haja uma reeducação da postura – afirma.
 
Para deixar de roncar
Ainda não há evidências científicas de que certos tipos de travesseiros ajudam a evitar o ronco.
 
– Travesseiro não é tratamento, serve para apoio. Isso não tem eficácia comprovada – alerta Stelzer.
 
 
Zero Hora

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