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domingo, 26 de abril de 2015

Tratamento imunoterápico do câncer de pele (Melanoma)

Melanoma
A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer e destruir as células cancerosas de forma eficaz. Vários tipos de imunoterapia podem ser utilizados no tratamento de pacientes com melanoma avançado:

Ipilimumab para Melanoma Avançado
O ipilimumab é um anticorpo monoclonal produzido a partir de uma proteína do sistema imunológico. O alvo é a proteína CTLA-4, que normalmente ajuda a manter as células T do sistema imunitário sob controle. Ao bloquear a ação do CTLA-4, o ipilimumab aumenta a resposta imune do corpo contra células de melanoma.

Este medicamento é administrado como infusão intravenosa, geralmente uma vez cada 3 semanas, em 4 ciclos de tratamento. Em pacientes cujos tumores não podem ser removidos cirurgicamente ou que se disseminaram para outros órgãos, tem aumentado a expectativa de vida dos pacientes em vários meses. Atualmente, essa medicação está sendo avaliada para uso em outros estágios da doença.

Os efeitos colaterais mais comuns do ipilimumab incluem fadiga, diarreia, problemas na pele e coceira.

Este medicamento basicamente remove o freio do sistema imunológico do corpo. Isso pode ser útil contra as células cancerosas, mas também pode levar a efeitos secundários severos. Em alguns casos, o sistema imunológico começa a atacar outras partes do corpo, e pode causar problemas no intestino, fígado, hormônios produzidos por uma glândula, nervos, pele, olhos ou outros órgãos. Em alguns pacientes esses efeitos colaterais podem ser fatais.

Estes efeitos colaterais relacionados com o sistema imunológico ocorrem com mais frequência durante o tratamento, mas existem relatos de casos que ocorreram até alguns meses após o término do tratamento. É muito importante conversar imediatamente com seu médico sobre qualquer efeito colateral. Se ocorrerem efeitos secundários graves, o tratamento pode precisar ser interrompido e o paciente deve receber altas doses de corticosteroides para suprimir seu sistema imunológico.

Pembrolizumab para Melanoma Avançado
Assim como o ipilimumab, o pembrolizumab é um anticorpo monoclonal, apenas com um alvo diferente. O alvo do pembrolizumab é a proteína PD-1. Ao bloquear a PD-1, o pembrolizumab aumenta a resposta imunológico do corpo contra as células de melanoma.

Este medicamento é administrado como uma infusão intravenosa a cada 3 semanas. Em pacientes com melanoma avançado, já tratados com ipilimumab o pembrolizumab provoca a redução dos tumores em alguns pacientes. Ainda não se sabe se este medicamento aumenta a sobrevida.

Os efeitos colaterais comuns incluem fadiga, tosse, náuseas, prurido, erupção cutânea, diminuição do apetite, constipação, dor nas articulações e diarreia.

Outros efeitos colaterais podem ocorrer com menos frequência. Assim como o ipilimumab, este medicamento pode provocar que o sistema imunológico ataque partes saudáveis ​​do corpo, levando a importantes efeitos nos intestinos, fígado, glândulas que produzem hormônios, pulmões, rins ou outros órgãos.

Citocinas para Melanoma Avançado
As citocinas são sintetizadas pelos macrófagos, monócitos e, principalmente, pelos linfócitos, têm curto tempo de vida, pois apenas são liberadas durante uma resposta imune, agem coletivamente e são responsáveis por acionar os linfócitos B, que, por sua vez, se incumbem de produzir anticorpos específicos. As citocinas produzidas, como interferon-alfa e interleucina-2, são às vezes utilizadas em pacientes com melanoma. Elas são administradas por infusão intravenosa. Alguns pacientes ou cuidadores aprendem a administrar a injeção sob a pele em casa. Ambos os medicamentos podem ajudar a diminuir a doença avançada (estágios III e IV) em cerca de 10% a 20% dos pacientes quando usados ​​isoladamente. Estes medicamentos podem também ser administrados junto com quimioterápicos, para melanoma estágio IV.

Os efeitos colaterais do tratamento com citocinas podem incluir sintomas de gripe, como febre, calafrios, dores, cansaço, sonolência e diminuição das taxas sanguíneas. A interleucina-2, particularmente em doses elevadas, pode causar acúmulo de líquido no corpo.

Interferon-alfa como Terapia Adjuvante
Os pacientes com melanomas maiores geralmente têm metástases. Mesmo que todo o tumor tenha sido removido cirurgicamente, podem existir células remanescentes. O interferon-alfa pode ser utilizado como terapia adjuvante após a cirurgia para tentar impedir a crescimento e disseminação destas células. Isto pode retardar o reaparecimento de melanoma, mas ainda não é claro se isso aumenta a sobrevida.

O tratamento com interferon deve ser realizado com doses altas para ser eficaz. Entretanto, muitos pacientes podem não tolerar os efeitos colaterais dessa terapia. Os efeitos colaterais podem incluir febre, calafrios, dores, depressão, fadiga, problemas cardíacos e problemas no fígado. Os pacientes que recebem esse medicamento devem ser acompanhados de perto por um médico.

Ao decidir pelo uso da terapia adjuvante, os pacientes e seus médicos devem levar em conta os potenciais benefícios e efeitos colaterais deste tratamento.

Vacina do Bacilo de Calmette-Guerin (BCG)
A vacina BCG é um germe relacionado com o que causa a tuberculose. A BCG não provoca a doença em humanos, mas ativa o sistema imunológico. A vacina BCG funciona como uma citocina, aumentando o sistema imunológico, não é direcionada especificamente para as células de melanoma. Às vezes, a BCG é usada para ajudar no tratamento de melanomas em estágio III, nestes casos é injetada diretamente no tumor.
 
Imiquimod
O imiquimod é um medicamento que, quando aplicado como um creme, estimula a resposta imunológica local contra células do câncer de pele melanoma. Para melanomas estágio 0 localizados em áreas sensíveis do rosto, pode ser utilizado o creme imiquimod. Também pode ser utilizado em alguns tumores que se disseminaram ao longo da pele. Ainda assim, nem todos os médicos concordam que este creme deva ser usado para o melanoma.

O creme deve ser aplicado uma vez por dia, duas vezes por semana, durante cerca de 3 meses. Alguns pacientes podem ter reações cutâneas severas a este medicamento. O imiquimod não é utilizado para melanoma avançado.
 
Novos Tratamentos
Alguns novos tipos de imunoterapia têm se mostrado promissores no tratamento do câncer de pele melanoma em estudos iniciais.

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