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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Cientistas estudam superbactérias antárticas para novos antibióticos

Foram identificadas mais de 200 bactérias com aplicação na medicina. Uso excessivo de antibióticos fez surgir bactérias muito resistentes
 
Cientistas chilenos estudam "superbactérias" extraídas da Antártica que, por sua resistência a condições extremas, seriam chave para derrubar a crescente resistência aos antibióticos, segundo pesquisa apresentada nesta quarta-feira (20) em Santiago.
 
Após analisar 80 amostras de solo antártico, extraídas em duas viagens, em 2014 e 2015, foram identificadas mais de 200 bactérias de espécies como Pseudomonas e Staphylococcus, que têm "um amplo potencial de aplicação em medicina", explicou Maria Soledad Pavlov, doutorando em biotecnologia da Universidade Católica de Valparaíso e integrante da equipe de pesquisas.
 
Os organismos microbianos que "geram estratégias para competir e sobreviver" ao clima extremo do continente branco seriam a chave para a criação de "antibióticos que tenham capacidades antimicrobianas diferentes das atuais", o que permitiria quebrar a atual resistência de algumas bactérias.
 
"Estamos tentando gerar um produto biotecnológico interessante a partir destas bactérias antárticas, que possam suprir esta falta severa de antibióticos", disse Pavlov.
 
Resistência a medicamentos
Segundo o estudo, o uso excessivo de antibióticos provocou o aparecimento de bactérias resistentes, muito difíceis de controlar com os atuais medicamentos ou antibióticos convencionais.
 
A pesquisa chilena, desenvolvida com o apoio do Instituto Antártico Chileno (INACH), coletou amostras no arquipélago das Shetland do Sul e em setores continentais da Antártica, próximos às bases chilenas.
 
Na etapa inicial da pesquisa, Pavlov advertiu que seriam necessários 10 a 15 anos mais de estudos para poder usar o composto antimicrobiano gerado em medicina humana, enquanto que, para utilizá-lo em agricultura, o tempo diminui e seriam suficientes mais cinco anos de laboratório.

G1

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