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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Funcionários dizem que falta até detergente no Hospital Carlos Chagas

Parte do material do centro cirúrgico é obtido em doações. Há dez dias, pacientes foram flagrados em macas nos corredores

 
Há menos de dez dias o Bom Dia Rio mostrou os corredores do Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no Subúrbio do Rio, lotados de macas com pacientes. Nesta quinta-feira (14), o telejornal mostrou que os funcionários agora denunciam a falta de materiais, remédios e até detergente para realizarem a limpeza dos instrumentos cirúrgicos.

O documento enviado para a administração do hospital detalha alguns dos materiais que estão em falta. Neles os funcionários dizem que estão sem sabão líquido e sem detergente enzimático desde o dia 3 de maio. O sabão e o detergente são usados na limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares críticos e semicríticos da unidade. Os profissionais também pedem orientações sobre como vão trabalhar durante o dia, já que os produtos são imprescindíveis para remover a sujeira dos instrumentos de trabalho.

A equipe do Bom Dia Rio entrou em contato com um funcionário dos funcionários do Carlos Chagas que falou deste e de outros itens que estão em falta no hospital. “Nebulizador, máscara de nebulização e cânulas. Falta sabonete líquido, detergente enzimático e material básico para a desinfecção de material do centro cirúrgico”, disse o funcionário, que não quis se identificar.
 
Parte do material utilizado no centro cirúrgico é obtido em doações. “O material está sendo trazido através de doações de outras unidades para o Hospital Carlos Chagas. Através do esforço das pessoas do hospital para manter o funcionamento do centro cirúrgico”, completou o funcionário.

Há menos de dez dias a equipe do Bom Dia Rio mostrou outro problema na unidade. Pacientes em macas, espalhados pelos corredores lotados. A equipe também denuncia que faltam antibióticos. “Determinados dias têm determinados antibióticos, então existe um comunicado da farmácia dizendo que nesse dia só pode iniciar o tratamento com alguns antibióticos, porque os outros estão em falta”, disse o funcionário.

A falta dos remédios segundo os funcionários traz prejuízos aos tratamentos dos pacientes. “Às vezes, no meio do tratamento do paciente, você é obrigado a trocar o antibiótico por falta do antibiótico. Isso tudo acarreta a piora do estado do paciente, agravamento da situação do paciente, até porque você não sabe se o antibiótico que está disponível é realmente o indicado”, completou o funcionário.
 
Está denúncia foi feita na noite da quarta-feira (13), por isso até o horário de publicação desta reportagem a Secretaria Estadual de Saúde não havia se posicionado sobre o assunto.

G1

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