Inibidores seletivos da recaptação da serotonina têm relação com defeitos cardíacos e anomalias que afetam o crânio e a parede
Uma equipe de pesquisadores dos EUA e do Canadá confirmou a relação entre o uso de antidepressivos comumente prescritos por grávidas e o pequeno aumento de risco de má formação de bebês no nascimento. Esses inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI, na sigla em inglês) já tinham sido relacionados a defeitos cardíacos e anomalias que afetam o crânio e outras partes do corpo, e este novo estudo incluiu peritos dos respeitados Centros de Controle e Prevenção de Doenças que confirmaram a ligação. O estudo foi publicado na “British Medical Journal”.
Atualmente os médicos evitam prescrever esses medicamentos para mulheres grávidas, a menos que a menos que, pela gravidade do estado da mãe, os benefícios ultrapassem os riscos.
Este estudo revisou dados de 17.952 mães de crianças nascidas com má formação e 9.857 mães de crianças sem anomalias. Os pesquisadores analisaram o uso, pouco antes ou logo no início da gravidez, de cinco antidepressivos SSRI. Os pesquisadores não encontraram a relação com má formação em três drogas, incluindo sertralina, a mas comumente usada pelas mulheres catalogadas no estudo. Mas para paroxetina (Paxil) e fluoxetina (Prozac) foram relatados um leve aumento nas deformidades.
O Prozac foi relacionado a defeitos na parede do coração e a craniossinostose, condição em que os bebês nascem com um crânio de forma irregular. Quanto ao Paxil, cinco defeitos congênitos reportados anteriormente também foram observados, incluindo malformações cardíacas, anencefalia (má formação do tubo neural) e defeitos da parede abdominal no qual os intestinos — e em alguns casos, o fígado — se desenvolvem na parte externa do corpo.
O Globo
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