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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Aumento de casos de caxumba tem assustado moradores do Rio

Foto/Reprodução
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, até o momento, foram recebidas mais de 650 notificações de casos suspeitos de caxumba, e o aumento do número de ocorrências vem assustando a população
 
Para entender a doença e como se prevenir dela, Dominique Thielmann, infectologista e integrante do corpo clínico do laboratório Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, responde as principais dúvidas para você ficar bem informado.
 
1. O que é caxumba?
É uma doença viral aguda, causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus, caracterizada por febre e aumento do volume de uma ou mais glândulas salivares.
 
2. Como diagnosticar? Quais sintomas devem ser percebidos?
Os principais sintomas são febre e aumento do volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida. A inflamação desta glândula é a parotidite. Aproximadamente 30% das infecções podem não apresentar hipertrofia aparente dessas glândulas. O diagnóstico da doença é basicamente clínico-epidemiológico. Os testes sorológicos ou de cultura para o vírus são utilizados em situações específicas.
 
3. Qual o tratamento para a caxumba?
Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa quanto à possibilidade do aparecimento de complicações.
 
4. Qual a forma de prevenção?
A transmissão se faz por via aérea, pela disseminação de gotículas ou por contato direto com a saliva de pessoas infectadas, portanto, deve-se evitar proximidade com pessoas infectadas, e o paciente com caxumba deve ser afastado de suas atividades até nove dias após o início da parotidite. A imunidade pode ser adquirida após infecções inaparentes ou aparentes ou depois de imunização ativa por meio da vacinação contra a caxumba. A administração da vacina está indicada antes da exposição. Entretanto, na ocorrência de surtos, deve ser realizada a vacinação de bloqueio dos suscetíveis.
 
5. Os adultos devem se preocupar com a caxumba? Existe risco para gestantes?
A doença é mais severa em adultos. Sua ocorrência durante o primeiro trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo.
 
6. Podemos relacionar o atual surto da doença a algum fator?
A parotidite infecciosa costuma apresentar-se sob a forma de surtos. Estima-se que, na ausência de imunização, 85% dos adultos poderão ter a doença, e um terço dos infectados não apresentarão sintomas. A hipótese de decaimento da eficácia da vacina específica está sendo investigada, porém, em surtos ocorridos em vários locais do mundo, tem sido descrita a ocorrência de casos em indivíduos vacinados.

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

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