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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Geração Z e a mudança na Saúde

Blog Por dentro da Saúde Digital por Istvan Camargo
 
Na última semana um jornal de SP publicou um estudo do IEESE explicando que nossa longevidade será responsável por triplicar o custo dos planos de saúde até 2030. Não é pouco.
 
Isso por si só obrigaria qualquer gestor responsável a pensar com um pouco de carinho no futuro do setor e no de sua empresa.

 Igualmente instigante, entretanto, é pensar num outro fator muito pouco lembrado, mas que também fará muita diferença no futuro.
 
Daqui a 15 anos a população atendida pelos planos será formada, em grande parte, pelos filhos da revolução digital. A chamada geração Z. O que isso pode significar para sua empresa?
Em primeiro lugar, para termos uma dimensão dessa mudança, essa geração hoje representa 25% do total da população americana. No Brasil ela já representa 30%. Daqui a cinco anos irá representar mais da metade do total de brasileiros. Serão ampla maioria em 2030!
 
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Trata-se de uma geração que nasceu a partir de 1994; ou seja, crianças e jovens que cresceram conectados à internet. Seus primeiros representantes hoje já estão chegando na casa dos 20 anos.
 
Como cresceram num mundo pós 11/09, e fortemente marcado pela diversidade, são mais maduros, muito engenhosos e um tanto individualistas. Algo que pode ser desafiador para um sistema de saúde acostumado a ser paternalista, e onde os pacientes estão acostumados a serem tratados como pessoas virtualmente incapazes de colaborar durante o seu tratamento.
 
Eles também são fortemente inclinados à realização de pesquisa, sendo que 1/3 assiste aulas online, 1/5 lê livros em tablets e 1/3 interage com colegas de classe na web. Mais da metade utiliza o Youtube como ferramenta de busca para se informar.
 
Isso pode transformar-se num ponto negativo para provedores contrários ao empoderamento digital dos seus pacientes e que os obriga a comparecer a palestras presenciais para saber mais sobre temas como planejamento familiar, alimentação saudável e tabagismo.

 Coisas que eles simplesmente já terão feito de forma muito mais interessante.
 
Ainda temos que a maioria deles não gosta de se enxergar como funcionário de carreira de uma empresa. Impressionantes 75% deles pensam em se tornar autônomos em algum momento de suas vidas. Um problema para um sistema que só pensa em estratégias de saúde populacional focadas em pagadores empresariais.
 
Trata-se de uma geração de pessoas que se preocupa realmente com o mundo onde vive: 60% querem ter um trabalho de alto impacto social, 26% dos representantes mais velhos desse grupo já realizaram trabalho voluntário e 76% tem preocupação ambiental.
 
Um ponto que pode ser explorado por empresas que sabem se posicionar no campo da responsabilidade social e ambiental, muito além de fazer jogos de cena com a marketização de ações do bem.
 
Para finalizar, ele nos aponta que essa é uma geração multitelas (TV, notebook, PC, tablet, smartphone, MP3 etc) que obviamente terá grande resistência em se relacionar com uma organização através de formulários de papel, telefone e balcão de atendimento.
Além disso são jovens preocupados com questões de privacidade, exageradamente breves na hora de concentrar a atenção num assunto (8 segundos!) e que, obviamente, gostarão de saber que seus provedores estarão igualmente atentos a essas questões no momento de lidar com seus dados de saúde bem como na hora de estabelecer um canal de comunicação confiável.
 
Parece ameaçador? Na verdade irá tratar-se de uma oportunidade gigantesca para que o sistema reveja processos e, junto com eles, jogue no lixo alguns velhos hábitos que trouxe do século passado e se recusa a abandonar.
 
Mesmo porque, até lá boa parte desses jovens também deverão ser gestores de saúde.

Saúde Business

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