Rio - O presidente da empresa farmacêutica que produz o medicamento Daraprim, utilizado no tratamento para doentes com Aids, defendeu a decisão de sua companhia de aumentar em 5.000% o preço do remédio. Segundo Martin Shkreli, CEO da Turing Pharmaceuticals, o lucro será investido em novas pesquisas.
Com custo de produção de US$ 1, a dose do remédio custava US$ 13,50 antes de ter seus direitos comprados pela Turing, em agosto. Após a mudança de controle, o preço passou para US$ 750. O aumento teve repercussão mundial.
De acordo com Shkreli, o dinheiro proveniente do aumento dos preços será utilizado para fomentar pesquisas para novos tratamentos. A droga é utilizada para tratar toxoplasmose, que atinge pessoas com sistema imunológico compremetido, o caso de pacientes com Aids.
O CEO afirma ainda que a mudança no valor do medicamento serve para custear marketing e distribuição do remédio. Shkreli criticou ainda as empresas que produziam o Darapim anteriormente.
“Precisamos tornar essa droga lucrativa. As empresas que produziam antes de nós estavam quase doando o medicamento”, afirmou Shkreli à Bloomberg TV.
A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas divulgou uma carta aberta à companhia na qual repudir o aumento do preço do Doraprim. Segundo a instituição, o valor é “injustificável” e “insustentável” para o sistema de saúde.
O Globo
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