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Rio - Na plateia da última edição dos Encontros O GLOBO Saúde e Bem-estar, pessoas interessadas em como prevenir acidentes de trânsito — e como aconselhar filhos e netos a fazer o mesmo — e médicos dedicados a cirurgias para tratar traumas físicos decorrentes desse tipo de acidente discutiram formas de reduzir os números nas estatísticas de morte. Comandaram o debate o ortopedista Sérgio Côrtes, o cirurgião crânio-maxilofacial Ricardo Cruz e o psiquiatra Nelson Goldenstein. Todos eles convidados pelo também médico Cláudio Domênico, doutor em Cardiologia.
Realizado na última quarta-feira, na Casa do Saber O GLOBO, na Lagoa, o encontro abordou a imprudência da mistura entre álcool e direção, a importância de se certificar da segurança do veículo antes de pegar no volante — com manutenções periódicas — e o perigo do uso indevido de celular no trânsito. Para Domênico, este último é a nova grande causa de acidentes.
— Evitar esse tipo de distração tem que ser a nossa próxima conquista. Não há como digitar um e-mail no celular e, ao mesmo tempo, prestar atenção na estrada. Um segundo basta para se desviar e atropelar alguém — disse ele.
A importância do uso do cinto de segurança também foi ressaltada pelos palestrantes. Uma das perguntas da plateia, no entanto, destacou uma incoerência: a falta de obrigatoriedade do cinto em transportes coletivos, como ônibus.
— É claro que não dá para colocar cinto em quem fica de pé, mas seria importante, sim, garantir o cinto para quem fica sentado. Isso evitaria tragédias como a de Paraty — afirmou Côrtes, lembrando o acidente que matou 15 pessoas e feriu mais de 30 no início do mês.
Com duração de duas horas e mediação da jornalista Viviane Nogueira, o debate foi recheado de imagens e vídeos enfáticos sobre o tema. Para o cirurgião Ricardo Cruz, é importante que haja publicidade que mostre de forma veemente os riscos de se dirigir bêbado, por exemplo:
— Às vezes, é preciso uma imagem chocante para que a gente se dê conta do perigo.
Os palestrantes também ressaltaram a importância de que pessoas sem treinamento não mexam em acidentados.
— Boa parte das lesões são causadas nesse momento — disse Côrtes.
O Globo
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