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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Medicamentos: Os cuidados com a via de administração

Alguns tipos de medicamentos requerem atenção redobrada no momento de orientar a via de administração correta. Saiba quais e veja como informar adequadamente o consumidor
 
Colírios: é preciso ter muita atenção com a higiene, tanto no manuseio do medicamento para evitar a contaminação dos frascos, como o contato com as mãos nos olhos. O cumprimento dos horários prescritos (considerando que, em grande parte das vezes, há uma periodicidade maior comparativamente a outros medicamentos) e atenção para a validade do medicamento após a abertura do mesmo também são de suma importância.
 
Aerossóis nasais e dispositivos de inalação: cada medicamento tem orientações próprias discriminadas pelo fabricante em função dos modelos disponíveis. Existem situações específicas como, por exemplo, a orientação de enxaguar a boca logo após a inalação de corticoides para se evitar a proliferação de fungos.
 
Supositórios, óvulos e cremes vaginais: são formas farmacêuticas com que, normalmente, os pacientes não têm familiaridade, daí a necessidade de explicar os cuidados com a administração, posição correta, duração do tratamento, cuidados com os medicamentos que utilizam aplicador, etc.
 
Suspensões: é uma forma que requer muita atenção no momento da explicação ao paciente, particularmente, daquelas que exigem o preparo no momento do uso, além da necessidade de esclarecimento a respeito do prazo de validade de preparações extemporâneas. Quando a suspensão for preparada, é importante salientar que a água deve ter sido fervida e não colocar a água fervente na preparação, como ocorre muito frequentemente. A questão da agitação antes do uso deve, também, ser colocada e avaliada se o paciente entendeu que deverá fazê-lo antes de todas as administrações e não somente uma única vez.
 
Adesivos transdérmicos: orientação sobre não utilizar, por exemplo, quando o paciente se submeter à sauna e os locais corretos de colocação do adesivo.
 
Esquemas multidrogas: atuação de importância do farmacêutico particularmente em verificar se o paciente entendeu todas as orientações fornecidas sobre prescrições contendo esquemas tríplices para tratamento de gastrites ou úlceras decorrentes de H. pilori.
 
Cápsulas: alertar para que não sejam abertas e seu conteúdo misturado com alimentos ou bebidas. Muitas pessoas apresentam dificuldade na deglutição e não mencionam aos profissionais da saúde. Em meio doméstico, elas resolvem a situação abrindo as cápsulas e misturando o conteúdo em diversos alimentos ou bebidas.
 
Comprimidos: assim como as cápsulas, nem todos têm facilidade na deglutição de comprimidos e, muitas vezes, partem os comprimidos para facilitar. A informação sobre a não possibilidade de cortar os comprimidos quando for o caso, bem como, o que é um comprimido revestido, de ação modificada e outras estratégias de liberação do fármaco devem ser cuidadosamente colocadas para que o paciente não comprometa a integridade da forma farmacêutica e que, desta maneira, a segurança não fique comprometida. É fundamental que o paciente entenda a razão do procedimento para não praticá-lo.
 
Fonte: professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti
 
Guia da Pharmacia

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