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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Logística reversa: o que todos temos a ver com isso?

 
Segundo estimativa da ANVISA, apresentada no Relatório “Logística Reversa, aplicada ao setor de medicamentos” em 2013, o recolhimento de medicamentos não administrados pode chegar a mais de 13 mil toneladas por ano. Da mesma forma, os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) somaram mais de 264 toneladas em 2014, dos quais, 31,1% sem destinação adequada, de acordo com a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Os dados são alarmantes, revelam muito a se fazer, mas já foi pior.
 
A discussão do descarte de medicamento não é recente e o marco legal mais importante para a logística reversa ocorreu com a aprovação da Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em agosto do ano passado. Além disso, alguns programas de operacionalização, coleta e transporte de resíduos sólidos e, sobretudo, de orientação à população para o descarte correto de medicamentos têm sido adotados no Brasil, alguns há muitos anos.
 
A logística reversa tem dois eixos essenciais: de um lado, o consumidor final, responsável pelo descarte de medicamentos vencidos em pontos de coleta autorizados, e de outro, os gestores hospitalares, que devem observar e aplicar recursos que permitam remanejar os medicamentos por unidades, controlar rigorosamente os prazos de validades, entre outros tantos benefícios que somam também em segurança e economicidade.
 
Nos últimos anos, secretarias de saúde e instituições públicas e privadas do setor têm investido em programas educativos e na implantação de logística de medicamentos, ancorados em tecnologias exclusivas que provisionam as demandas de cada medicamento por departamento, unidade de serviço, região, e assim por diante, com controle total de todos os materiais, conforme o produto e a validade. Devidamente rastreado, cada unidade de medicamento ou de insumo médico pode ser remanejado, realocado e resgatado em caso de recall, reduzindo a obsolescência e aumentando a segurança.
 
Como vemos diariamente, o homem tem avançado de forma importante com o desenvolvimento de novas tecnologias, mas as tecnologias necessitam essencialmente da vontade e do compromisso do homem para que sejam efetivas. Em se tratando de logística reversa de medicamento, esta é uma necessidade premente, que muito ajuda na segurança de pacientes e gestores de saúde, na economia das instituições e governo, bem como na preservação do planeta.
 
*Domingos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar
 
Saúde Business

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