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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Meningite: conheça os diferentes tipos e tratamentos

Doença demanda atenção e intervenção rápida para minimizar complicações e sequelas

Dr. Andre Felicio NEUROLOGIA - CRM 109665/SP


Como qualquer órgão do corpo humano o sistema nervoso pode ser fonte de infecções de vírus ou bactérias. Normalmente, estes agentes infecciosos invadem o nosso cérebro por "portas de entrada" como nariz, olhos, ouvido e boca e se alojam nas meninges, uma membrana que envolve o cérebro. Daí o termo meningite.

A meningite viral usualmente não apresenta o mesmo risco que uma meningite bacteriana. O paciente com meningite por vírus tem, na verdade, uma infecção viral como outra qualquer que o nosso próprio organismo pode combater. O que fazemos é aliviar os sintomas como dor de cabeça, enjoo e vômito.

A meningite bacteriana, por sua vez, confere muito mais risco que a viral, uma vez que se não tratada leva a sequelas como surdez, comprometimento cognitivo, paralisias de nervos cranianos ou paralisias motoras. Pode também levar à morte, isto porque a bactéria acaba indo para o sangue e levando ao que chamamos de infecção sistêmica.

Felizmente, hoje contamos com antibióticos muito eficientes, bastando para isto que a suspeita de meningite seja feita o mais rapidamente possível, em especial, a meningite bacteriana. Neste aspecto, além da suspeita clínica, o exame de líquor (tirar o líquido da espinha para análise) torna-se fundamental.

Além dos antibióticos, quando tratamos o problema depois que ele aconteceu, temos também as vacinas, que ajudam a prevenir as meningites bacterianas.

Vacinas
Existem vacinas para os três tipos mais comuns de bactérias que provocam meningites: Streptococus pneumonia (10 sorotipos), Neisseria meningitidis (do grupo C) e Haemophilus influenzae (tipo B). Estas vacinas devem ser aplicadas para crianças menores de dois anos.

Embora as vacinas protejam contra grande parte das meningites bacterianas, podem existir sorotipos de bactérias não cobertos. Todas estas vacinas são à base de "partículas" destas bactérias que fazem o organismo criar anticorpos (defesa) para uma infecção futura. Logo, é importante ficar atento ao calendário vacinal, especialmente em crianças e pessoas com maior risco, como idosos. 

Além disto, é muito importante diagnosticar rapidamente casos suspeitos de meningite e isolar estas pessoas das demais para evitar contaminação. No caso de suspeita da doença, procure orientação médica o quanto antes.

Minha Vida

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