Administração Hospitalar, segundo FONTINELE, 2002, assim como qualquer outro tipo de administração, visa, em regra geral, coordenar e normalizar seu meio laboral e institucional; porém, se considerarmos que uma instituição de assistência à saúde contém os mais diversos setores, como os mais diversos profissionais e com os mais diversos serviços, haveremos constatado que tal administração apresenta-se como sui generis entre as demais. Já para MARTINS, 2000 a finalidade da Administração é atingir objetivos por meio dos esforços das pessoas, com as funções administrativas de planejamento, organização e controle.
Segundo NEGRI, 2001 a eficácia do Sistema de Saúde está fortemente ligada à qualidade do relacionamento humano estabelecido entre os profissionais e os usuários no processo de atendimento hospitalar. Segundo MALDONADO, CANELLA em síntese, quando o profissional se subestima como instrumento de trabalho, deixa de explorar satisfatoriamente seus próprios recursos de atendimento e de atuação. Ele também ressalta a questão das expectativas do profissional e as dos clientes são diferentes. Um cliente pode ir às consultas aparentemente para tratar de uma gastrite, mas na verdade, ele precisa “desabafar” seus problemas existenciais com o médico. Isso pode ser, para ele, mais importante que a cura da gastrite. Se a expectativa do médico é somente curar a gastrite e ele não consegue “ler nas entrelinhas” o outro motivo da consulta, pode sentir-se inteiramente frustrado e decepcionado com seu “fracasso terapêutico”; mas se o cliente encontra receptividade e atenção, pode sentir-se satisfeito com o atendimento, embora a gastrite não tenha cedido.
De acordo com NEGRI, 2001 um programa que ambiciona promover as relações humanas como valor fundamental no seio das práticas públicas de saúde, deve empenhar-se em tornar todas as experiências de humanização já existentes acessíveis àqueles que desejem conhecê-las e empregá-las em sua própria realidade. E são tantas e tão singulares essas realidades, que seria enganoso supor uma receita única para todos os hospitais do País.
O PNHAH nasceu de uma iniciativa de melhorar o contato humano entre profissional de saúde e usuário, entre os próprios profissionais e entre o hospital e a comunidade, de modo a garantir o bom funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS.
Segundo NEGRI, 2001 O PNHAH tem como princípios fundamentais o respeito à singularidade dos hospitais e a estreita cooperação entre os diversos agentes que compõem o SUS – o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e as instituições hospitalares. E a sua principal função é estimular a criação e a sustentação permanente de espaços de comunicação entre esses vários setores de atendimento da instituição de saúde. livre expressão para que todos possam expor suas opiniões, a educação continuada qualificando melhor os profissionais para que possam atender de forma diferenciada aos usuários, o diálogo entre os funcionários da instituição e com os usuários (clientes), o respeito à diversidade de opiniões e a solidariedade . De acordo com NEGRI, 2001 é importante ressaltar que todo o cidadão brasileiro tem direito de acesso ao SUS. Mas convém observar que tanto a comunidade como o governo são responsáveis pela coordenação de esforços para estruturar o SUS.
Segundo NEGRI, 2001 os gestores, profissionais e usuários dos serviços de saúde sabem que hoje, o maior desafio do SUS é melhorar a qualidade dos serviços que presta à população em termos de eficácia e produção de saúde.
Não basta eficiência e produtividade, a baixa qualidade dos serviços acaba sobrecarregando o sistema. A explicação é simples: se o profissional tem dificuldades na realização de seu trabalho, o usuário fica insatisfeito com o atendimento e o gestor não consegue ter uma boa comunicação e interação com outras instâncias. Assim, os encaminhamentos são desorganizados e geram um número considerável de consultas, exames complementares e internações adicionais. Boa parte das demandas dos pacientes poderia ser resolvida em um primeiro atendimento, se houvesse um bom sistema de comunicação e um bom relacionamento profissional - usuário.
De acordo com NEGRI, 2001 o atendimento à população só terá qualidade quando houver um trabalho em equipe e um serviço humanizado, reconhecendo o nosso próximo como um ser singular respeitando suas características individuais, ou seja, quando houver uma integração entre as partes, inclusive quando a população passar a participar deste processo exigindo seus direitos.
Segundo MINICUCCI, 2000 saber ouvir é uma das melhores características de um gestor, pois a grande maioria dos gestores prejudica seu trabalho por não saber ouvir, e com isso não conseguem um bom trabalho em equipe. Segundo MENICUCCI, 2000 o líder é aquele que melhor satisfaz as necessidades de seus seguidores, para isso o líder tem que está antenado às necessidades de seus seguidores para que eles possam desempenhar melhor suas funções.
Segundo NEGRI, 2001 o primeiro passo que se deve tomar para que se possa mudar esta realidade na saúde é sensibilização dos gestores do SUS.
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