Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
Substância química utilizada em certas embalagens de plástico, inclusive mamadeiras, o bisfenol-A (BPA) já foi acusado de elevar o risco de doenças cardíacas, câncer e problemas de fertilidade. Agora, um novo estudo associa o componente ao diabetes tipo 2.
A conclusão, publicada na “Nature Reviews Endocrinology”, partiu da revisão de mais de 90 estudos que envolvem o BPA e outros componentes químicos tóxicos ao organismo.
Roedores alimentados com uma dieta acrescida de BPA desenvolveram resistência à insulina e perderam a capacidade de manter níveis normais de glicose – um sinal de alerta para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. E um estudo feito em 2010 indicou que ratas prenhas transmitiram esse risco aos filhotes.
Pesquisas similares envolvendo seres humanos apresentaram poucos resultados consistentes. Porém, uma análise feita nos EUA entre 2003 e 2004 com quase 1.500 pessoas mostrou que indivíduos com presença de BPA na urina tinham cerca de três vezes mais risco de ter diabetes tipo 2.
Embora os autores digam que são necessários estudos epidemiológicos mais amplos para estabelecer a conexão entre o BPA e a doença, eles argumentam que já existe evidência suficiente para recomendar que a substância seja evitada.
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