Durante a quinta-feira, 38 pacientes, incluindo um em 'estado terminal', foram transferidos a outras unidades
During Thursday, 38 patients, including one in 'terminal condition', were transferred to other units
During Thursday, 38 patients, including one in 'terminal condition', were transferred to other units
Isis Brum - Jornal da Tarde
SÃO PAULO - O Complexo Hospitalar Paulista, em Cerqueira César, região central da capital, foi fechado nesta quinta-feira, 21, por causa de uma dívida de R$ 2 milhões em alugueis do imóvel onde funcionava. Havia 38 pessoas internadas, que tiveram de ser transferidas para outras unidades ao longo do dia. A unidade é alvo de pelo menos outros três processos de cobrança de pagamentos, abertos neste ano no Fórum João Mendes. Em 2008, foi condenada em uma ação civil pública por descumprir normas de higiene e por funcionar com quadro reduzido de funcionários, entre outras irregularidades. Os administradores não foram encontrados pela reportagem.
O oficial de Justiça e os advogados da família Iervolino, proprietária do imóvel, chegaram ao hospital às 10 horas para fechar o complexo e transferir os pacientes internados. A maioria foi encaminhada para o Hospital Presidente, no Tucuruvi, zona Norte de São Paulo - que pertenceria aos mesmos administradores da unidade despejada, segundo os parentes dos enfermos.
O porta-voz dos donos do prédio, o advogado Sayegh Neto, afirmou que a família alugou as ambulâncias usadas na transferência dos internos e garantiu alimentação e medicação aos pacientes durante o dia. Carros do serviço funerário da Prefeitura Municipal de São Paulo também foram usados para remover os doentes, muitos deles idosos.
Parentes de internos estavam em choque. "É um crime o que estão fazendo aqui", definiu a professora Edna Ramos de Araújo Rossi, de 55 anos. O sogro dela, Mário Rossi, entrou em coma após uma queda e está "em estado terminal". "Ele não tem condições de ser transferido", afirmou.
Internada com anemia profunda por causa de um câncer, a irmã da dona de casa Sueli Maria dos Anjos Silva, de 48 anos, não tinha recebido as bolsas de sangue necessárias à sua recuperação até as 18 horas de ontem. "É um desrespeito completo", reclamou Sueli.
A mãe, de 64 anos, do empresário Maurício Branco, 42, quebrou a bacia há 3 dias e só recebe analgésicos. "Deram uma injeção de morfina para ela aguentar a transferência", disse Branco. Segundo Sayegh Neto, houve tentativa de negociação da dívida e, em 31 de março, o hospital foi informado sobre o despejo.
Robson Fernandjes/AE
SAO PAULO - Hospital Complex Paulista, Cerqueira César, central capital, was closed on Thursday, 21 because of a debt of R$ 2 million in rental property where you work. There were 38 people admitted that had to be transferred to other units throughout the day. The unit is the target of at least three other cases for recovery of payments, opened this year at the Forum John Mendes. In 2008 he was convicted in a civil action for failing hygiene standards and work with the reduced number of employees, among other irregularities. Administrators were not found by the report.
The Justice official and family lawyers Iervolino, owner of the property, arrived at the hospital at 10 hours to close the complex and transfer inpatients. Most were sent to the Hospital President, Tucuruvi, the northern area of Sao Paulo - which belong to the same unit managers evicted, according to relatives of the sick.
The spokesman of the owners of the building, the lawyer Neto Sayegh, said the family rented ambulances used in the transfer of inmates and assured food and medication to patients during the day. Cars of the funeral service of the City of São Paulo were also used to remove the sick, many of them elderly.
Relatives of inmates were in shock. "It's a crime what they are doing here," he defined the teacher Edna Ramos de Araujo Rossi, 55. The father of it, Mario Rossi, fell into a coma after a fall and is "terminally ill". "He can not afford to be transferred," he said.
Hospitalized with profound anemia due to cancer, the sister of a housewife Sueli Maria dos Anjos Silva, 48, had not received the bags of blood needed to recover until 18 pm yesterday. "It's a complete failure," complained Sue.
The mother, aged 64, owned by Maurice White, 42, broke his pelvis for 3 days and only get painkillers. "We were given a morphine injection to bear for her transfer," said White. According to Sayegh Neto, was attempting to negotiate the debt, and March 31, the hospital was informed about the eviction.
Trabalhei neste hospital e fui mandado embora porque questionava as coisas erradas que eram feitas em relação aos pacientes, desde prescrições desnecessárias até a proibição de fornecimento de fraldas, luvas e outros materiais sem assinatura da diretoria, mesmo havendo necessidade. Não é de se estranhar que tenha terminado assim,tenho respeito apenas com os pacientes e familiares.
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