Da Redação
O paciente com câncer possui uma série de necessidades que integram o tratamento médico. Aspectos psicológicos, sociais e espirituais do ser humano devem ser levados em consideração e o paciente precisa ser tratado em sua integralidade.
A fisioterapia e a reabilitação estão inseridas neste contexto e são práticas necessárias para a recuperação de alguns pacientes oncológicos que passaram por cirurgia ou sessões de radioterapia e quimioterapia. “Procuramos atender o paciente em sua totalidade, promovendo a reabilitação, avaliando a dor e visando a sua recuperação o mais rápido possível”, afirma a fisioterapeuta Priscila Mendoza, do IPC (Instituto Paulista de Cancerologia).
As terapias complementares realizadas em conjunto com a fisioterapia convencional são terapias de pedras quentes, tratamento com argila e hidratação facial e corporal. A fisioterapeuta explica que “para cada paciente um plano de ação específico é desenvolvido com uma ou mais técnicas associadas. Acredito que a fisioterapia promove muitos benefícios, relaxamento, diminuição de dor, melhorando a qualidade de vida e tentando também amenizar os efeitos da quimioterapia e da radioterapia”, diz.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Harvard revela que 42% dos pacientes oncológicos norte-americanos utilizam pelo menos um tratamento complementar em conjunto com o tratamento tradicional. No Brasil, este número é ainda maior. 48% dos pacientes com câncer associam terapias complementares à medicina convencional. "Não se trata apenas de eliminar o tumor. O bem estar e a qualidade de vida devem ser observados com rigor. Os benefícios para o paciente são enormes", comenta o cirurgião oncológico Ricardo Antunes, diretor do IPC e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.
Cerca de 80 % dos pacientes atendidos no Centro de Medicina Integrada do IPC são mulheres em tratamento do câncer de mama. “A associação das técnicas convencionais de fisioterapia com técnicas complementares é muito importante para a recuperação dos movimentos do braço”, diz Priscila.
A fisioterapeuta lembra ainda que é importante diferenciar terapias complementares de terapias alternativas. As primeiras complementam o tratamento convencional e têm mostrado excelentes resultados. Já as terapias alternativas são tratamentos não aprovados realizados com o intuito de substituir o tratamento convencional podendo ser prejudiciais ao paciente.
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