Diferenças nas taxas de células de defesa colocaria obesas em desvantagem em relação às gestantes de peso normal
Gestantes obesas podem ter mais dificuldades para lutar contra as infecções do que as de peso normal, é o que sugere uma nova pesquisa norte-americana.
Pesquisadores analisam amostras de sangue de 30 mulheres por volta do sexto mês de gravidez. A metade delas era obesa, com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 antes do início da gravidez, enquanto que a outra metade apresentava IMC normal – entre 20 e 25.
A equipe de pesquisa constatou que as obesas tinham menor número de células do sistema imunológico, dentre elas os linfócitos T e as células NK (do inglês “natural killers”). As gestantes obesas também apresentaram uma deficiência na produção destes tipos de células.
Tal diferença poderia ameaçar a saúde de bebês de mulheres obesas, disse Sarbattama Sen, pesquisador do Tufts Medical Center and Floating Hospital for Children, de Boston, em um boletim da Academia Americana de Pediatria.
“Mulheres obesas antes de engravidarem apresentam diferenças críticas nas funções imunológicas em comparação às mulheres de peso normal, o que acarreta consequências negativas tanto para a mãe quanto para o bebê”, disse Sen.
O pesquisador complementou que a questão demanda certa urgência devido ao grande número de obesas em idade reprodutiva.
“A obesidade materna traz consequências tanto para a mãe quanto para o bebê, algo que estamos apenas começando a compreender”, disse ele.
O estudo foi apresentado em Denver, durante o encontro anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria dos Estados Unidos. Os dados e conclusões ainda devem ser considerados preliminares até sua publicação em um periódico científico revisado por outros profissionais da área.
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