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terça-feira, 24 de maio de 2011

Viagra ajuda a combater sintomas da esclerose múltipla

Estudo espanhol apresentou recuperação quase completa em 50% dos casos observados

SÃO PAULO - Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) divulgaram um estudo que mostra os efeitos positivos da administração de Viagra em animais com esclerose múltipla. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Acta Neuropathologica.

De acordo com o estudo de dois grupos, liderados pela Dr. Agustina García e pelo Dr. Juan Hidalgo, ambos da UAB, foram observadas recuperações quase completa em 50% dos casos após tratamento de apenas oito dias. Como o medicamento já é comercializado e bem tolerado, os pesquisadores acreditam que testes com seres humanos serão autorizados em breve.

A esclerose múltipla não tem cura, mas alguns medicamentos já se mostraram eficientes no combate de alguns sintomas e para prevenir a progressão do problema, que é o tipo de doença inflamatória crônica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos. Ela é causada pela presença de focos múltiplos de desmielinização (que resulta na perda da bainha da mielina em torno dos axônios e afeta a capacidade dos neurônios de se comunicarem) e pela neurodegeneração em diferentes áreas do sistema nervoso central.

Os pesquisadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite autoimune experimental (EAE). Eles observaram como o remédio reduziu a infiltração de células inflamatórias na massa branca da medula espinal e por consequência nos danos no axônio da célula nervosa, facilitando a reparação da mielina.


O Sidenafil faz parte de um grupo de medicamentos conhecidos como vasodilatadores e usados nos tratamentos de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. Estudos anteriores sobre doenças no sistema nervoso central de animais já mostraram que, além da vasodilatação, este tipo de medicamento pode apresentar ações neuroprotetoras.

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