Estudo revelou que gene envolvido em morte celular programada pode reduzir risco em quase 30%
SÃO PAULO - Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical Bernhard Nocht, de Hamburgo, e da Universidade Kumasi, de Gana, identificaram uma variação genética que diminui em quase 30% as chances de uma criança desenvolver malária severa. O estudo foi publicado na revista científica PLoS Genetics.
Joseph Okanga/Reuters
A doença é um problema de saúde pública principalmente na África Subsaariana, onde aproximadamente 1 milhão de pessoas morrem todos os anos como resultado da infecção do parasita Plasmodium falciparum.
O estudo envolveu mais de 6 mil crianças e identificou o gene que reduz o risco. Ele é conhecido como FAS e é responsável por uma molécula envolvida na morte celular programada de alguns leucócitos, que fazem parte do sistema imunológico.
Os mais jovens, com idades inferiores a cinco anos, que apresentam a variação no gene FAS, têm um aumento expressivo da molécula CD95, que aparentemente promove um número maior de células suicidas do sistema imunológico, o que provoca uma reação mais intensa e faz estas crianças mais resistentes à malária.
"Acreditamos que nosso estudo ajudará a revelar o mecanismo causador dos tipos fatais de malária", disse a co-autora do estudo, Kathrin Schuldt.
Schuldt disse que o próximo objetivo é entender o mecanismo do efeito protetor da variação genética para que se possa começar a estudar o desenvolvimento de medicamentos que protegerão as crianças da malária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário