Cientistas sul-africanos e brasileiros anunciaram, nesta segunda-feira, ter descoberto uma forma de medir a atividade cerebral de ciclistas em velocidade de corrida, abrindo uma nova frente no estudo de como o cérebro funciona durante a prática de atividades físicas.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e da Unicamp, usou um escâner de ressonância magnética especialmente projetado pelos brasileiros para manter as cabeças dos atletas no lugar enquanto eles foram mantidos na posição horizontal, movimentando pedais acoplados a um monitor de desempenho.
A equipe de pesquisa ainda está coletando dados para o estudo, mas prometeu divulgar novas informações sobre quais áreas do cérebro controlam o exercício e a relação entre o desempenho esportivo e o cérebro.
"Por causa da dificuldade do projeto, técnica, equipamento e metodologia, pouca informação está disponível nesta área de pesquisa da ciência esportiva", disse Elske Schabort, estudante de pós-doutorado do centro de ciência esportiva da universidade.
"A oportunidade de estar entre os primeiros a iniciar pesquisas tão novas possibilitará que façamos grandes progressos em nosso trabalho de tentar entender e descrever o papel do cérebro e do sistema nervoso central durante a prática de exercícios e a regulação da performance", acrescentou.
Um grupo de sete ciclistas de competição deitou dentro do escâner e fez teste de desempenho.
Os primeiros resultados do estudo devem ser divulgados no próximo mês, disse Eduardo Fontes, aluno de doutorado da Uiversidade de Campinas.
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