A alergia alimentar é mais comum em crianças, mas também pode se manifestar na fase adulta
Alergia causada por camarão é a mais comum nos adultos
Foto: Gerson Pantaleão
Foto: Gerson Pantaleão
Uma pesquisa norte-americana publicada no jornal da Academia Americana de Pediatria, considerada a maior já realizada sobre o assunto, revelou que uma em cada 13 crianças possui alergia alimentar nos EUA. A incidência é semelhante no Brasil, segundo o médico alergista Giovanni di Gesu. Nas crianças, porém, o problema, apesar de mais comum, tende a ser menos grave do que nos casos de sensibilização por camarão em adultos.
— A alergia alimentar é uma resposta imunológica exagerada mais comum em crianças pequenas, que sofrem principalmente com reações a proteínas do leite e do ovo — explica.
Os sintomas nestes casos normalmente são vermelhidão em volta da boca, urticária, vômito e diarreia e até falta de ar. Porém, algumas vezes pode ser de difícil percepção porque ela causa apenas cólicas, diarreia, pouco ganho de peso e refluxo.
— Um bebê que apresentou os primeiros sintomas aos quatro meses e que seguiu uma dieta especial, provavelmente, aos três anos não terá mais a alergia — diz o médico.
A alergia alimentar pode, no entanto, aparecer também em adultos, quando a sensibilização ocorre prioritariamente ao camarão ou outros crustáceos. A doença nestes casos pode ser grave e causar até choque anafilático.
De acordo com Giovanni, é muito comum uma pessoa que nunca teve alergia a camarão chegar no consultório dizendo que teve uma reação com inchaço, falta de ar, tontura e sufocamento ao ingerir o alimento. A partir de então, o médico faz o diagnóstico baseado em exames de laboratório e testes alérgicos e orienta o paciente.
— A reação aguda ao camarão pode provocar o surgimento dos sintomas segundos depois da ingestão. É preciso estar atento a essas situações porque quando a alergia surge na idade adulta dificilmente ela desaparece, ainda que o paciente siga uma dieta adequada — revela.
Existem também alergias a outros alimentos, como banana, nozes, castanhas e amendoim. Porém, elas são bem mais raras.
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