Assim como a presidenta, 60,4% delas têm sobrepeso, 56,4% sofrem de pressão alta e 14% estão com diabetes
Foto: AE
Uma consulta ao raio X da saúde do brasileiro, revela que quatro das doenças que acometem a presidenta Dilma Rousseff, segundo o revelado por reportagem da revista Época, são problemas crônicos típicos (e inimigos) da mulher moderna.
De acordo com o mapeamento, na faixa etária entre 55 e 64 anos (Dilma tem 63) 60,4% estão com sobrepeso, 56,4% sofrem de pressão alta e uma em cada sete está com diabetes.
“São problemas de saúde que têm o mecanismo de ação muito parecido e, por isso, quase sempre aparecem juntos”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Saulo Cavalcanti.
“Outra característica é que eles são silenciosos e não provocam dor. Quando dão sinais, já estão em fase avançada, colocando coração, cérebro e circulação no alvo.”
Estes problemas de saúde, em especial quando aparecem simultaneamente, são o ponto de partida de infartos e acidente vascular cerebral, ainda mais se dividirem espaço no organismo delas com o estresse e a ansiedade.
Dilma Rousseff tem fama de brava e estressada. Um levantamento feito pelo Hospital do Coração (HCOr), publicado no ano passado, aponta que 52% das executivas do Brasil também têm estas mesmas características que tanto ameaçam o bem-estar e o sistema de defesa do corpo.
Parceria com o câncer
Os problemas crônicos de saúde enfrentados atualmente por Dilma podem debilitar o organismo – caso não controlados – sendo porta de entrada de infecções, como a pneumonia, doença respiratória enfrentada pela presidenta no início de abril.
Atrelado a isso, em 2009, a então ministra do governo Lula (e já cotada para disputar a presidência da República) teve diagnosticado um câncer chamado linfoma, que também enfraquece o sistema imunológico.
Pelas projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são registrados em média 1.270 novos casos de linfoma em mulheres brasileiras, concentrados na faixa etária entre 15 e 40 anos.
Os boletins médicos divulgados pelo Hospital Sírio Libanês, onde Dilma é acompanhada, afirmam que a presidenta está curada do câncer, mas o presidente da SBD, Saulo Cavalcanti, afirma que câncer e diabetes do tipo 2 também têm relação entre si.
“Diabetes é uma doença covarde. É associada a muitas coisas graves. A ciência ainda não explica os reais motivos, mas já foi constatada uma ligação inclusive entre este problema endócrino e o câncer”, diz Cavalcanti.
A obesidade e o sobrepeso, informa a nutricionista especializada em oncologia, Tatiana Oliveira, também são causa e consequência do câncer, necessitando de tratamentos e abordagens ao mesmo tempo.
“Já existem muitas evidências científicas que confirmam a obesidade como a causa do câncer (o controle do peso reduziria em 28% os casos). Mas também já há muitos estudos que mostram o a reincidência do câncer, de forma até mais agressiva, em pacientes que não emagrecem ou engordam após o câncer.”
Tireoide preguiçosa
Outro problema de saúde de Dilma, ainda de acordo com as informações da Revista Época, é a tireoide de Hashimoto, também chamada de tireoide preguiçosa, e que mais uma vez tem íntima relação com a alimentação.
Uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pela Unidade de Tireoide do Hospital das Clínicas, publicada na Agência USP de Notícias, constatou em 19% das cerca de 400 pessoas avaliadas tinham tieroide de Hashimoto, um problema que afeta a produção de hormônios e também o sistema de defesa do corpo. Dos portadores, 52% tinham níveis de iodo (presente no sal de cozinha) em níveis alarmantes, em concentração muito maior do que o preconizado pelos médicos.
Uma dieta rica em sal é pobre em saúde, afirmam os médicos, e a substância em excesso aumenta o risco cardíaco.
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