O uso excessivo de tomografia computadorizada, exame de diagnóstico com base na exposição do corpo a uma sucessão de raios-X, tem sido assunto recorrente nos congressos de medicina.
Apesar de reivindicações para reduzir a quantidade desses exames, o que diminuiria a exposição dos pacientes à radiação, tudo indica que esse tipo de diagnóstico continua a todo vapor.
Dados sobre a evolução desses exames nos EUA serão divulgados no próximo mês pelos programas de saúde daquele país (Medicare, para idosos, e Medicaid, para pessoas de baixa renda).
Mas de acordo com o que foi adiantado por Michael Pentecost, consultor de radiologia do Medicare, a quantidade desses exames não caiu de 2008 para 2009. Em 2008, aponta a Medicare, 75 mil pacientes dos EUA fizeram exames duplos de tomografia computadorizada ""um usando iodo para verificar o fluxo do sangue e outro sem esse composto.
Os médicos solicitariam esses exames duplos para confirmar o diagnóstico. A prática tem sido criticada.
"Se você faz dois exames, você paga por dois exames", afirma Pentecost.
O principal argumento declarado do Medicare contra os exames duplos é a exposição excessiva dos pacientes à radiação nos diagnósticos. O governo dos EUA pretende criar medidas para mudar o comportamento dos médicos em relação à solicitação desses exames. "Mas isso é bem difícil", diz Pentecost.
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