Um teste rápido e barato pode salvar a vida de bebês que nascem com defeitos cardíacos congênitos. Um estudo com 20.055 recém-nascidos, publicado no periódico "The Lancet", mostrou que testar o nível de oxigênio no sangue é mais efetivo do que os outros métodos disponíveis anteriormente.
A informação foi publicada no site da "BBC News".
A ONG British Heart Foundation declarou que o exame pode "fazer uma diferença real" em casos que passam despercebidos.
Defeitos cardíacos congênitos --como buracos entre as câmaras do coração e defeitos na válvula cardíaca-- afetam cerca de um em cada 145 bebês.
Eles são detectados por ultrassonografia durante a gravidez ou após o nascimento, ao ouvir o coração do bebê. No entanto, a taxa de sucesso é baixa.
Médicos de seis maternidades no Reino Unido testaram oxímetros de pulso --tecnologia usada há 20 anos-- para detectar os níveis de oxigênio no sangue.
O teste leva menos de cinco minutos e encontrou 75% das anomalias mais graves. Em combinação com métodos tradicionais, 92% dos casos foram detectados.
Enquanto alguns defeitos são inoperantes, avanços na cirurgia mostram que a maioria pode ser corrigida.
Para o principal pesquisador da Universidade de Birmingham, Andrew Ewer, o exame deve ser adotado por todos hospitais do Reino Unido.
"Ele agrega valor aos procedimentos de triagem existentes e pode ser útil para a identificação de casos críticos de defeitos cardíacos congênitos", disse ele.
Segundo Amy Thompson, enfermeira cardíaca da British Heart Foundation, "a detecção precoce e rápida é a chave para uma sobrevivência maior."
"Nem todos os bebês que nascem com um defeito cardíaco mostram sinais ou sintomas, por isso alguns problemas podem passar despercebidos. Esta é uma pesquisa promissora que mostra como um teste rápido e simples pode ajudar a detectar mais defeitos no coração e fazer uma diferença real."
Nos EUA, alguns Estados já introduziram o teste.
Fonte Folhaonline
Nenhum comentário:
Postar um comentário