Fim das injeções
Embora os curativos medicamentosos sejam usados há décadas para liberar fármacos pela pele, o novo sistema ativo permitirá a aplicação de uma gama de medicamentos muito maior, ampliando o uso do recurso e evitando as tradicionais injeções.
Os atuais curativos "transdérmicos" têm seu uso limitado a substâncias feitas de moléculas pequenas e hidrofóbicas, que podem ser absorvidas através da pele.
É o caso, por exemplo, da nicotina, incluída nos adesivos que ajudam a parar de fumar. Recentemente, pesquisadores começaram a testar vacinas em curativos adesivos, para evitar a dor da injeção.
"Há apenas um punhado de drogas que podem atualmente ser administradas por meio dos emplastros," diz o Dr. Babak Ziaie, que desenvolveu a microbomba.
O novo aplicador, dotado de uma matriz de microagulhas minúsculas, é muito mais versátil, podendo aplicar uma grande quantidade de medicamentos. E, como mal penetram na pele, as microagulhas não causam dor.
"É como um curativo - você o usa e depois retira e joga fora," disse Ziaie.
Microbomba sem bateria
Uma abordagem é usar agulhas que se dissolvam na pele, como as que estão sendo usadas no teste com vacinas.
Mas o Dr. Ziaie propõe um sistema ativo, segundo ele mais versátil e com capacidade de injetar uma quantidade de medicamentos maior e em velocidade controlada.
Para isso é necessário uma bomba, mas pequena o suficiente para funcionar em conjunto com agulhas com um diâmetro de 20 micrômetros, aproximadamente um quarto da espessura de um cabelo humano.
"Nós desenvolvemos uma bomba simples, que é ativada pelo toque do calor do dedo e não requer bateria," disse Ziaie.
Aplicação pelo calor
Os primeiros testes mostraram que a dose completa de medicamento pode ser aplicada em apenas 20 ou 30 segundos, sem nenhuma dor.
O líquido que faz a pressão não entra em contato com a pele do paciente. Ele fica contido em uma bolsa, separada do remédio por uma fina membrana feita de um polímero parecido com borracha, chamado polidimetilsiloxano.
Fonte Diário da Saúde
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