O estresse de ficar em uma unidade de terapia intensiva neonatal resulta em cérebros menores e funcionamento neurológico irregular para muitos bebês prematuros, sugere um estudo de pequena escala. Além disso, quanto maior for o estresse sentido, maior será a consequência.
Cientistas da Universidade de Washington, em St. Louis, estudaram 44 bebês nascidos antes da 30ª semana de gestação. Os pesquisadores registraram o número de fatores causadores de estresse experimentados pelos recém-nascidos usando uma lista de 36 procedimentos com características invasivas variáveis, de troca de fraldas a inserção de acesso intravenoso.
Ao atingirem idade equivalente ao final de uma gravidez normal, de 36 a 44 semanas, eles foram submetidos a exames de ressonância magnética e testes de comportamento. O estudo foi publicado online na semana retrasada, na revista "The Annals of Neurology".
Após levar em conta a prematuridade no nascimento e a gravidade da doença, os registros mais altos na escala de estresse estavam associados à redução no tamanho do cérebro e ao desempenho ruim nos exames. Não havia relação entre o número de fatores causadores de estresse e os danos cerebrais.
"Nós temos que nos concentrar menos em apenas ministrar medicações para dor e realizar intervenções médicas sérias e mais em uma abordagem centrada no desenvolvimento", afirmou Terrie Inder, autor sênior do estudo e professor de pediatria. "Esses bebês precisam de oportunidade para descansar, se recuperar e ser alimentados e poder crescer", disse.
Fonte Folhaonline
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