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domingo, 30 de outubro de 2011

Fumo é o principal causador de tumores como o de Lula

Laringe, onde está o câncer do ex-presidente, é importante para nossa habilidade de falar

O fumo é o principal causador do câncer de laringe, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai começar a tratar agora, com o uso de quimioterapia. O consumo de bebida alcoólica também é um fator de risco, em especial quando associado ao cigarro.

A laringe é uma estrutura que fica no nosso pescoço e está diretamente ligada ao sistema respiratório - o ar que nós respiramos passa por ali no caminho para os pulmões. Nossas cordas vocais estão localizadas ali. Ela é importante principalmente para dois processos: a fonação, ou seja, a nossa capacidade de falar, e a proteção do sistema respiratório - quando estamos comendo, se algum alimento ameaça passar por ali, ela se fecha.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), problemas como dor de garganta, rouquidão, dificuldade de engolir e sensação de um "caroço na garganta" podem ser sintomas de um tumor na região. Em casos mais avançados, também pode ocorrer dificuldade para respirar ou falta de ar.

Heloisa de Andrade Carvalho, radio-oncologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Hospital Sírio-Libanês, explica que a fumaça e as substâncias presentes no cigarro causam pequenos traumas nas células da laringe, que o nosso corpo precisa consertar. Com o tempo, esse processo de cicatrização pode começar a ocorrer de modo errado, provocando o tumor.

- O álcool tem o mesmo efeito: vai traumatizado e provocando a regeneração, que pode ficar anormal. Isolado, o álcool não é um fator de risco forte, mas com o cigarro, sim.

 
Thiago Bueno de Oliveira, oncologista clínico do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, diz que o tratamento para o câncer de laringe depende de seu estágio. Se o tumor estiver em nível mais inicial, em geral, é feito tratamento com radioterapia (aplicação de doses calculadas de radiação nos tecidos do corpo, feita principalmente em casos de tumores localizados) e uma cirurgia parcial, em que não é necessário retirar as cordas vocais, o que faz com que a função da fala seja protegida.

Nos casos mais avançados, costuma-se combinar radioterapia com quimioterapia (tratamento que administra remédios quimioterápicos que se espalham pelo corpo do paciente), mas sem cirurgia, também para proteger as cordas vocais. Oliveira conta que a cirurgia só é feita em casos em que o paciente não responde ao tratamento ou em que o câncer já está tão avançado que já não se consegue preservar a fala.
- A cirurgia de câncer de laringe está associada a sequelas, como a incapacidade de falar, então é usada apenas em casos mais selecionados.
Tumor na laringe

Fonte R7

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