O ministro das Cidades, Mário Negromonte defendeu a aplicação de penas mais severas para os motoristas que provocam mortes em acidentes de trânsito, especialmente quando embriagados.
Ele defende que, quanto maior for a irregularidade, maior deve ser a pena. E lembra que estão em tramitação no Congresso Nacional mais de 100 projetos que pretendem tornar as leis de trânsito mais duras.
O ministro conta que, quando chegou a Brasília para assumir o mandato de deputado federal, se reeducou, pois o Distrito Federal "avançou muito na questão da cidadania, com o respeito à faixa de pedestres. Mesmo nos lugares em que não há sinalização, os motoristas aqui param para que o pedestre passe", reconheceu.
Negromonte disse que os índices de acidentes de trânsito no país são muito preocupantes, pois a cada dois dias morre o equivalente ao número de passageiros de um avião Boeing, ou seja, 100 casos de morte no trânsito por dia, o que ele considera "um absurdo". "Se caísse um Boeing a cada dois dias, todo mundo ficaria chocado. No entanto, é preocupante que isso se torne rotina no trânsito". Ele diz que o Ministério das Cidades e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) trabalham para mudar essas estatísticas. No feriado de Corpus Christ deste ano, por exemplo, houve redução de 35% nos acidentes em relação a 2010.
O ministro citou o exemplo do Japão, onde se pratica uma lei "compatível com a gravidade" dos casos em que um motorista mata alguém no trânsito por irresponsabilidade. Em vez de ser preso, o infrator é obrigado a trabalhar para sustentar a família do morto, explicou Negromonte. Ele acha que a legislação no Brasil ainda é muito branda e cita uma reportagem divulgada pela TV mostrando o caso de um motorista sem carteira que provocou a morte de uma pessoa no trânsito e, antes mesmo de ser condenado, cometeu outro crime desse tipo, dirigindo embriagado.
Mário Negromonte participou hoje (20) do programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços, uma produção multimídia feita com a participação de âncoras de rádio de todo o país.
Fonte Agência Brasil
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