Crianças que contraem gripe podem ficar gravemente doentes, indo a óbito
Tomar uma vacina contra gripe durante a gravidez protege também os recém-nascidos durante alguns meses após o nascimento e não causa aborto espontâneo. É o que dizem estudos apresentados nesta quinta-feira (20) no encontro anual da Sociedade de Doenças Infecciosas da América (IDSA, na sigla em inglês), em Boston, Estados Unidos.
Kathleen Neuzil, membro da IDSA e professora clínica na Escola de Medicina da Universidade de Washington, Seattle, disse que as mulheres grávidas estão compreensivelmente preocupadas em proteger seus bebês em gestação, o que torna ainda mais importante para elas entenderem que tomar uma vacina contra a gripe durante a gravidez é uma forma importante de proteger o bebê, bem como a si mesmas.
- Estes novos dados sobre a segurança e eficácia dessas vacinas é reconfortante, e o número crescente de mulheres grávidas que recebem a vacina afirma que as mulheres estão ouvindo a mensagem sobre os benefícios da vacina.
Recém-nascidos entram no mundo sem imunidade protetora e não podem receber a vacina contra a gripe até que tenham seis meses de idade, o que os torna particularmente vulneráveis à gripe. Crianças que contraem a gripe podem ficar gravemente doentes, necessitar de hospitalização e até morrer, de acordo com dados da IDSA.
Os pesquisadores descobriram produção de anticorpos contra a gripe em todos os bebês nascidos de 11 mulheres grávidas que receberam a vacina contra a gripe sazonal, em comparação com 31% dos bebês nascidos de 16 mulheres que não receberam a vacina contra a gripe.
Entre os bebês nascidos de mulheres vacinadas, a proteção de anticorpos ainda estava presente em 60% quando tinham dois meses de idade e em 11% quando estavam quatro meses de idade. Nenhum dos bebês nascidos de mulheres não-imunizadas tinha a proteção de anticorpos aos dois ou quatro meses.
Julie Shakib, principal autora do estudo e professora da Universidade de Utah, disse que a pesquisa sugere que a vacinação materna fornece alguma proteção contra a gripe por alguns meses após o nascimento.
- As mulheres grávidas devem receber a vacina assim que estiverem disponíveis para se protegerem, assim como seus bebês.
Outro estudo não encontrou nenhuma ligação entre a vacinação contra a gripe sazonal durante a gravidez e o aborto. Os pesquisadores compararam 243 mulheres grávidas que tiveram um aborto e 243 mulheres grávidas que não abortaram.
Mulheres que abortaram não eram mais propensas a ter recebido a vacina contra a gripe nas quatro semanas antes de seu aborto, em comparação com mulheres que não abortaram.
Fonte R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário