Pacientes com vários tipos de câncer são raros. "É mais comum vermos tumores causados pelo próprio tratamento, como ocorre com algumas leucemias", diz o hematologista Nelson Hamerschlak, coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O seminoma (tipo de tumor de testículo diagnosticado em Paulo Velloso) não tem nenhuma relação com os linfomas, observa o especialista.
Alguns casos realmente são uma tremenda coincidência. Outra possibilidade é que o envelhecimento das pessoas e os avanços da medicina, que aumentam a expectativa de vida, possibilitem o surgimento de doenças que antes não apareciam simplesmente porque se morria antes. As pesquisas realizadas no campo da genética também têm muito a contribuir para explicar esses casos.
O câncer de testículo é o tipo de tumor mais comum entre homens de 15 a 35 anos. Pode ocorrer em mais velhos, mas é raro em crianças. Ele responde por 5% dos casos de câncer entre homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A doença tem altas chances de cura quando diagnosticada precocemente. Embora não se saibam bem as causas, ele está relacionado ao histórico familiar, traumas na bolsa escrotal e casos em que o testículo não desce para a bolsa.
Os linfomas são tumores do sistema linfático (que produz as células do sistema imune). O linfoma de Hodgkin é mais comum em adultos jovens, já o tipo não Hodgkin é, entre os linfomas, o mais incidente na infância. Segundo o Inca, o número de casos de não Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos, embora ainda não se saiba bem por quê.
Entre os sinais de alerta, estão gânglios aumentados no pescoço, nas axilas ou na virilha, perda de peso sem motivo e coceira excessiva. As chances de cura desses tumores também são altas quando detectados cedo.
Fonte Estadão
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