Pesquisadores da University of California Irvine, EUA, criaram um novo tipo de célula feita por meio de célula-tronco que se apresenta capaz de tratar doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
O líder da pesquisa Edwin Monuki juntamente com outros pesquisadores desenvolve essas células, denominadas como células epiteliais do plexo coroide (CPECs), a partir de linhagens de células-tronco embrionárias de ratos e humanas.
CPECs são importantes para o funcionamento adequado do plexo coroide, o tecido do cérebro que produz fluido cerebrospinal. Entre os diversos papéis que ela desempenha, a CPECs removem resíduos metabólicos e substâncias estranhas do fluido e do cérebro.
Nas doenças neurodegenerativas, o plexo coroide e as CPECs envelhecem prematuramente, o que resulta na redução do fluido cerebrospinal reduzida e também em uma diminuição da capacidade de expulsar detritos, como as proteínas formadoras de placas que são a marca registrada da doença de Alzheimer.
Estudos anteriores mostraram a possibilidade de terapias baseadas em CPECs, porém, essas terapias têm sido dificultadas pela incapacidade para expandir ou gerar essas células em cultura.
“Nosso método é promissor, porque pela primeira vez podemos usar células-tronco para criar grandes quantidades destas células epiteliais, que poderiam ser utilizados de diferentes formas para tratar doenças neurodegenerativas”, aponta Monuki.
Para criar novas células, os pesquisadores persuadiram células-tronco embrionárias a se diferenciarem em células-tronco neurais imaturas. Assim as células se transformaram em CPECs imaturas capazes de serem entregues ao plexo coroide de um paciente.
Segundo Monuki, estas células podem ser parte de tratamentos de doenças neurodegenerativas, em pelo menos três formas. Primeiro, são capazes de aumentar a produção de fluido cerebrospinal para ajudar a eliminar as proteínas causadoras de placas no tecido cerebral e limitar a progressão da doença. A CPEC pode ser concebida para o transporte de compostos terapêuticos para a medula cerebral e a coluna vertebral. Em terceiro lugar, estas células podem ser utilizadas para pesquisar e otimizar drogas que melhoram a função do plexo coroide.
Segundo a equipe, os próximos passos são o desenvolvimento de um sistema de rastreio eficaz de drogas e também a realização de mais estudos para ver como essas CPECs afetam o cérebro em modelos de ratos com condições como Huntington, Alzheimer e doenças pediátricas.
Fonte Corposaun
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