Foto: Divulgação/IFSC/USP Por causa das altas frequências, bisturi ultrossônico proporciona cortes precisos |
A fim de substituir importações, diminuir os riscos nas intervenções cirúrgicas e torná-las menos invasivas, os cientistas do Instituto de Física de São Carlos (USP) desenvolveram uma versão nacional de bisturis ultrassônicos. Atualmente, o Brasil importa esse tipo de bisturi de três fábricas estrangeiras, e o instrumento chega a custar entre 20 e 40 mil dólares.
Com a produção em território nacional, o preço pode cair cerca de 30%. O equipamento será produzido no Brasil pela WEM, empresa da cidade de Ribeirão Preto (SP), que atua no ramo hospitalar há mais de 25 anos.
De acordo com o professor Vanderlei Bagnato, do Departamento de Ótica do IFSC, a proposta é tornar a medicina mais acessível à população brasileira, e por isso a importância de se fabricar os instrumentos no Brasil. " A tecnologia hoje só é disponibilizada em hospitais de ponta no país e a cirurgia custa caro para o paciente", explica.
A tecnologia do ultrassom atua no rompimento das ligações celulares, e não na destruição das mesmas por um instrumento cortante. Isso reduz a agressão ao organismo do paciente e as complicações do processo pós-operatório.
O bisturi ultrassônico transforma energia elétrica em movimento, e atinge a frequência de 100.000 Hz. A vibração no equipamento não pode ser vista a olho nu, e o corte na pele pela separação de proteínas é feito pelo calor gerado no atrito.
O aparelho é o mais indicado para cirurgias que exigem pequenas incisões, denominadas portais, por onde o médico realiza as intervenções.
Fonte isaude.net
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