Rio de Janeiro – Uma passeata de
médicos ocupou algumas ruas do centro da capital fluminense ontem (20) em uma
manifestação por melhor condições de trabalho nos hospitais públicos. Organizada
pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o ato saiu da Cinelândia até a sede
do Ministério da Saúde, no centro da cidade.
Segundo o presidente da Fenam,
Geraldo Ferreira Filho, a ausência de concursos públicos para médicos no estado
e no território nacional, o congelamento de salários, a falta de verbas nas
instituições públicas estaduais e federais e a decadência das condições de
trabalho dos profissionais vêm gerando uma crise na categoria.
“Queremos 10% da receita da União
para a saúde, o país aplica hoje cerca de 4,5% do PIB [Produto Interno Bruto] na
saúde. Falta investimento do governo. A situação é precária, falta leito. Há um
sucateamento nos hospitais públicos generalizado. No Rio, o Hospital Geral de
Bonsucesso (HGB), um hospital federal em que faltam profissionais, equipamentos.
São péssimas as condições de infraestrutura", disse.
A categoria defende, entre outras
medidas, a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV) e a
priorização do ensino de qualidade e não da expansão de escolas de medicina. O
Brasil está em segundo lugar no mundo em números de escolas médicas: 197 com 208
cursos de medicina e 13 mil alunos. A Fenam é contrária também à terceirização,
à entrega do serviço público às organizações sociais, e protesta contra a
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares pelos serviços que presta.
Fonte Agência Brasil
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