Embora seja mais comum em crianças, o molusco contagioso também pode acometer pessoas adultas |
Se após o banho de piscina, você notar uma bolinha no corpo do seu filho
parecido com uma verruga, fique atento: ele pode ter sido contaminado pelo vírus
Poxvírus, conhecido como molusco contagioso, e responsável por uma doença
relativamente comum em crianças pequenas que frequentam piscinas de clubes. O
nome molusco contagioso sugere que o vírus desenvolve, cresce e se espalhe
rapidamente pela pele. Além disso, crianças portadoras de dermatite atópica
podem ter mais propensão para a doença devido a uma baixa resistência natural da
pele.
Segundo o dermatologista Fernando Passos de Freitas, em algumas crianças, o
molusco contagioso se dissemina rapidamente chegando a centenas de lesões.
Atingem principalmente o tronco e a raiz dos membros.
— As lesões são, geralmente, assintomáticas, mas pode ocorrer prurido
discreto. Com tamanhos diferentes e agrupadas, as lesões parecem com pequenas
verrugas que, frequentemente, se tornam vermelhas e inflamam. Podem ser
brilhantes ou ter uma pequena depressão no centro — explica.
Embora seja mais comum em crianças, o molusco contagioso também pode acometer
pessoas adultas.
— Neste caso, as lesões localizam-se nos quadrantes inferiores do abdômen,
região púbica, genitais ou na região interna das coxas — acrescenta.
Males da piscina na infância
Em geral, as lesões de molusco contagioso não doem, não coçam e não costumam
inflamar. Qualquer parte do corpo pode ser afetada, porém, ainda é raro aparecer
nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Normalmente, a criança contaminada
apresenta menos de 20 moluscos em várias partes do corpo.
O problema pode ser verificado, entre duas a oito semanas, após a pele ter
sido infectada pelo vírus. Normalmente, cada molusco contagioso sobrevive cerca
de 6 a 12 semanas e desaparece. O vírus é transmissível, por isso é fundamental
evitar compartilhar objetos pessoais como toalhas, chinelos e roupas de banho.
Em piscinas aquecidas, o problema pode ser mais frequente porque o calor e a
umidade favorecem o seu desenvolvimento.
O vírus é diferente de outras doenças de pele, pois além de não provocar
comichão, dor e infecção grave, também não deixa cicatrizes e, pode apenas,
deixar a pele esbranquiçada por um tempo.
Como tratar o problema
Se você percebeu lesões na pele do seu filho não hesite em levá-lo ao
dermatologista para comprovar o diagnóstico.
— Existem outras doenças da pele com aspecto semelhante. Por isso, o exame do
médico é imprescindível para se indicar o tratamento adequado — aconselha o
dermatologista.
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento consiste na destruição das
lesões que pode ser feita por meio das seguintes técnicas: eletrocoagulação,
criocirurgia, curetagem, cauterização química ou expressão manual.
Em casa, ao notar o problema, as medidas emergenciais são não compartilhar
toalhas, panos e outros objetos que tenham sido tocados pela pessoa infectada
pelo vírus. Evitar o contato direto, cobrir a área afetada pelo molusco
contagioso e incentivar a criança a não coçar o local já são atitudes
importantes para que o vírus não se espalhe e, logo, desapareça.
Pele saudável na piscina
Para seu filho aproveitar um banho de piscina saudável longe desses perigos
para a pele, o dermatologista lista algumas dicas essenciais:
- Não toque, esprema ou coce as lesões cutâneas elevadas.
- Cubra as lesões com roupa ou com gases. Lembrando que o curativo deve ser
trocado diariamente e sempre que estiver sujo.
- Evite compartilhar toalha e frequentar a piscina com outras crianças para
que não ocorra a proliferação do vírus.
- Use sempre chinelos e evite o contato direto da pele com os objetos.
Fonte Bem Estar
Nenhum comentário:
Postar um comentário