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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Profissão ajuda a determinar o tipo de demência que uma pessoa pode ter, diz estudo

O tipo de trabalho que uma pessoa desenvolve durante boa parte da vida pode ajudar a determinar que tipo de demência ela pode desenvolver mais tarde, segundo estudo recentemente publicado na revista científica Neuropsychologia.
 
De acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, cada profissão exige maior atividade em uma parte específica do cérebro, o que acaba protegendo essa área do desenvolvimento de doenças degenerativas, incluindo o mal de Alzheimer.
 
Avaliando dados de 588 pacientes diagnosticados com degeneração lobar frontotemporal, ou demência frontotemporal, incluindo exames de imagem do cérebro e a profissão, os pesquisadores descobriram que essa doença afeta as áreas do cérebro menos trabalhadas pelos participantes, dependendo de sua ocupação. “A doença parece atacar o lado do cérebro que foi menos usado na vida profissional do paciente”, destacaram os autores, acrescentando que a condição afeta pessoas de meia idade e se manifesta em um dos lados do cérebro, enquanto o Alzheimer afeta os dois lados de forma equivalente.
 
Os especialistas destacam que todo trabalho exige habilidades verbais, físicas e visoespaciais, mas cada profissão demanda mais de uma dessas habilidades. Por exemplo, um diretor de escola tem alto índice de habilidade verbal, muito menor nível visoespacial e praticamente nenhuma habilidade física; um engenheiro de aviões tem maior capacidade visoespacial, alguma habilidade física e menor nível verbal; e um bombeiro acaba desenvolvendo maior habilidade física do que verbal e visoespacial.
 
As análises indicaram que os pacientes com a atrofia localizada no lado direito do cérebro tinham profissões mais dependentes das habilidades verbais do que aqueles com lesões no lado esquerdo ou com atrofia simétrica. Os pesquisadores querem saber, agora, se a escolha dessas profissões no início da idade adulta ocorre por causa de problemas no desenvolvimento do lado direito do cérebro que podem preceder esse tipo de demência, ou se o maior uso do lado esquerdo do cérebro por pessoas dessas profissões acaba o protegendo contra disfunções. Para isso, mais estudos são necessários.
 
Fonte: Neuropsychologia

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