São Paulo – Um dos três recém-nascidos internados na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande,
litoral de São Paulo, morreu na noite de quinta-feira (7).
A menina era uma das três
crianças que estavam isoladas para tratamento após a interdição da UTI neonatal da unidade pela Vigilância
Sanitária. A medida foi tomada depois que os recém-nascidos prematuros
contraíram uma infecção causada pela bactéria Acinetobacter
baumanii.
A causa da morte será apurada pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO),
para onde o corpo do bebê foi encaminhado. De acordo com o hospital, os exames
laboratoriais não demonstraram a presença da bactéria na recém-nascida, que foi
isolada porque teve contato com os outros bebês contaminados pela
Acinetobacter baumanii durante o período em que esteve na UTI
neonatal.
O assistente da Diretoria Técnica do Hospital Irmã Dulce, o médico Airton
Gomes, ressaltou por meio de nota do hospital que não há relação entre a morte
da criança e a bactéria e que os exames apontaram a presença de outro
micro-organismo. “Não existe nenhuma relação entre este óbito e colonização pela
Acinetobacter [baumanii] multirresistente”, disse.
Segundo Gomes, o bebê nasceu no dia 9 de janeiro, com 1,215 quilo, em
decorrência de uma infecção urinária da mãe. “Ressaltamos que as crianças
prematuras e com baixo peso apresentam elevadas taxas de mortalidade e que esta
criança faleceu em decorrência de intercorrências clínicas não relacionadas à
supracitada bactéria”, acrescentou o médico.
De acordo com o hospital, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da
instituição tomou todas as medidas e precauções necessárias para impedir
contaminações. A UTI neonatal, localizada no térreo, continua interditada para
novos atendimentos por tempo indeterminado. Em casos emergenciais, os pacientes
serão levados para cinco leitos da UTI pediátrica, no quinto andar.
O último boletim médico indicou que, dos dois bebês atualmente internados na
UTI neonatal, um apresentou melhora no quadro clínico, mas continua sem previsão
de alta médica. O outro permanece em estado grave.
A Vigilância Sanitária da cidade informou que aguarda a alta médica dos
pacientes para fazer os procedimentos de desinfecção e esterilização do local e
dos equipamentos.
Fonte Agência Brasil
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