O Hospital Israelita Albert Einstein vai coordenar um banco de dados nacional das válvulas cardíacas implantadas por meio de cateter para realizar estudos e seguimento dos pacientes.
Esse tipo de implante é feito sem a necessidade de cirurgia de peito aberto, sendo menos invasivo do que o procedimento-padrão. Um espécie de tubo é inserida por uma veia do paciente e leva a válvula até o coração, onde ela é posicionada e aberta.
O banco de dados já contém 418 casos da implantação de válvula por cateter de todo o país, vindos de 18 hospitais, sendo que 84 são do próprio Einstein.
De acordo com Luiz Vicente Rizzo, diretor de pesquisa do hospital, o objetivo dessa parceria entre o Einstein e a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, que mantém o cadastro das válvulas, é realizar estudos científicos que permitam reavaliar as indicações do procedimento.
Hoje, a implantação da válvula via cateter só é indicada nos casos em que não é possível realizar a cirurgia aberta, como em idosos que não resistiriam à operação. Dependendo dos resultados a longo prazo, seria possível ampliar essa indicação.
Rizzo compara a questão ao uso dos stents ("molas" que mantêm as coronárias abertas) após um infarto. "Antigamente, todo mundo fazia ponte de safena. Quando os stents começaram, houve a necessidade de entender quanto tempo duravam, quais vantagens eles ofereceriam além do fato de não precisar abrir o paciente, se tinham a mesma eficácia."
É o que vai ser feito agora com as válvulas. Segundo Rizzo, espera-se obter uma resposta sobre a comparação entre a cirurgia aberta e a implantação por cateter para as válvulas em até cinco anos.
"Esperamos que essa seja uma história de sucesso como os stents", afirma ele.
Fonte Folhaonline
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