Não é apenas na escolha dos modelos de roupas que o formato do seu corpo deve ser observado. Cientistas da University Medical Center Groningen, nos Países Baixos, descobriram que o acúmulo de gordura, principalmente na região do abdômen, ou seja, ter o tipo de corpo chamado de formato de maçã, está relacionado a uma maior incidência de problemas renais. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (11/04) no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia.
Os perigos de acumular gordura na região central do corpo, no abdômen, já eram conhecidos, tanto que os médicos sempre avisaram seus pacientes sobre isso. Porém, até hoje, as evidencias apontavam apenas para maior incidência de problemas cardiovasculares.
De acordo com a pesquisa, o índice de massa corporal (IMC) é menos importante do que a localização da gordura, já que pessoas com mesmo IMC, mas que têm gordura localizada nos quadris apresentaram menos problemas no funcionamento dos rins e uma pressão arterial mais próxima da normalidade nesse órgão.
Os pesquisadores estudaram 315 voluntários com IMC próximo ao valor 24,9 e os classificaram a partir da relação entre as medidas da cintura e dos quadris. Depois, mediram sua função renal, a pressão sanguínea nos rins e uma medida chamada "fluxo de plasma renal", que avalia o volume do sangue em relação ao tempo. Mesmo depois de ajustar essas taxas de acordo com o esperado para cada idade e sexo, foram encontrados números mais perigosos entre os voluntários com maior volume de cintura do que de quadril, inclusive um funcionamento dos rins mais baixo e um aumento da pressão arterial nesses órgãos.
E essa correlação ocorreu independente das condições de saúde do indivíduo, mesmo os mais saudáveis, mas com maior acúmulo de gordura abdominal, apresentavam essas taxas. A sugestão dos especialistas é que o menor funcionamento dos órgãos esteja relacionado à pressão sanguínea da região.
Como prevenir insuficiência renal crônica
De acordo com os especialistas deste estudo, sua pesquisa vai ao encontro de diversos estudos que já relacionam hipertensão e sobrepeso com maior incidência renal. Ter hábitos para controlar a pressão e o peso, podem ajudar a evitar, por exemplo, a insuficiência renal crônica, em que até cerca de 70% da função dos rins está comprometida.
Os perigos de acumular gordura na região central do corpo, no abdômen, já eram conhecidos, tanto que os médicos sempre avisaram seus pacientes sobre isso. Porém, até hoje, as evidencias apontavam apenas para maior incidência de problemas cardiovasculares.
De acordo com a pesquisa, o índice de massa corporal (IMC) é menos importante do que a localização da gordura, já que pessoas com mesmo IMC, mas que têm gordura localizada nos quadris apresentaram menos problemas no funcionamento dos rins e uma pressão arterial mais próxima da normalidade nesse órgão.
Os pesquisadores estudaram 315 voluntários com IMC próximo ao valor 24,9 e os classificaram a partir da relação entre as medidas da cintura e dos quadris. Depois, mediram sua função renal, a pressão sanguínea nos rins e uma medida chamada "fluxo de plasma renal", que avalia o volume do sangue em relação ao tempo. Mesmo depois de ajustar essas taxas de acordo com o esperado para cada idade e sexo, foram encontrados números mais perigosos entre os voluntários com maior volume de cintura do que de quadril, inclusive um funcionamento dos rins mais baixo e um aumento da pressão arterial nesses órgãos.
E essa correlação ocorreu independente das condições de saúde do indivíduo, mesmo os mais saudáveis, mas com maior acúmulo de gordura abdominal, apresentavam essas taxas. A sugestão dos especialistas é que o menor funcionamento dos órgãos esteja relacionado à pressão sanguínea da região.
Como prevenir insuficiência renal crônica
De acordo com os especialistas deste estudo, sua pesquisa vai ao encontro de diversos estudos que já relacionam hipertensão e sobrepeso com maior incidência renal. Ter hábitos para controlar a pressão e o peso, podem ajudar a evitar, por exemplo, a insuficiência renal crônica, em que até cerca de 70% da função dos rins está comprometida.
Conheça esses e outros hábitos para evitar o problema:
A hipertensão é considerada hoje a principal causa de insuficiência renal crônica. De acordo com o nefrologista Nestor Scho, professor da Unifesp, o aumento da pressão arterial lesiona os vasos sanguíneos dos rins, podendo causar nefropatia hipertensiva. "Dessa maneira, o órgão fica sobrecarregado e pouco a pouco perde sua capacidade de filtragem", explica.
Cuidar da hipertensão é fundamental mesmo quando ela não é a causa da insuficiência renal crônica, medida que se torna mais importante ainda em estágio avançado da doença.
"O diabetes é a segunda principal causa de insuficiência crônica renal", afirma o nefrologista Lucio Roberto Requião Moura, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso porque a doença desencadeia a chamada nefropatia diabética, alteração dos vasos dos rins que leva à perda de uma proteína pela urina. Além disso, o diabetes favorece a aterosclerose, formação de placas de gordura nas artérias que dificulta o trabalho de filtração dos rins.
Com o tempo, uma quantidade cada vez maior de substâncias tóxicas fica retida no organismo, o que pode levar à morte. Uma forma de detectar o problema, portanto, é fazendo exames de urina para descobrir se está havendo eliminação de proteínas. Quem já tem o diagnóstico de diabetes, por sua vez, precisa ficar mais atento à saúde renal.
Pessoas com excesso de peso tem um risco maior de desenvolver hipertensão e diabetes, o que já é motivo o suficiente para não deixar o ponteiro da balança subir, aponta o nefrologista Lucio.
Soma-se a isso o fato de que a obesidade altera a forma como o sangue chega nos rins pela influência de determinados hormônios, sobrecarregando o órgão.
Além disso, estar acima do peso é fator de risco para o colesterol e triglicérides alto.
Quando o assunto é alimentação, analisar a doença de base que desencadeou a insuficiência renal é fundamental. Se for o diabetes, por exemplo, a dieta deve ser aquela indicada para quem sofre dessa doença. Se for a hipertensão, então deve haver redução do consumo de sal. "Entretanto, de forma geral, recomenda-se que o paciente evite a ingestão excessiva de proteínas, principalmente de origem animal, que dão origem a elementos tóxicos no organismo que fariam os rins trabalharem mais", explica o nefrologista Nestor.
Em casos específicos de insuficiência ainda, pode haver retenção de potássio no organismo. Pacientes com este problema precisam preparar os alimentos de uma maneira que faça com que eles liberem parte desse nutriente. Legumes, por exemplo, precisam ser cozidos.
A automedicação é perigosa mesmo para pessoas saudáveis.
Para quem sofre de insuficiência renal, entretanto, o uso sem avaliação médica adequada pode acelerar o quadro de deterioração dos rins.
"Os mais perigosos são os anti-inflamatórios não hormonais", alerta o nefrologista Lucio.
Por isso, explique seu problema no início de toda consulta médica para evitar agravar a doença.
Embora não haja estudos comprovando a relação isolada da ingestão de álcool com a insuficiência renal crônica, o abuso de bebidas alcoólicas compromete o funcionamento do organismo como um todo. Assim, recomenda-se maneirar no consumo.
Se for beber alguma bebida, entretanto, o nefrologista Nestor aconselha optar pelo vinho.
"Ele contém antioxidantes que podem ajudar na eliminação de toxinas concentradas no corpo", afirma.
"O cigarro é responsável por piorar os níveis de pressão arterial e ainda está envolvido com alterações hormonais que pioram a função renal", explica o nefrologista Lucio.
Além disso, o tabagismo desencadeia um efeito de vasoconstrição, diminuindo o volume de sangue filtrado pelos rins.
Neste caso, não existe a opção da moderação.
O paciente deve acabar com o vício.
O último cuidado recomendado para quem sofre de insuficiência renal crônica é a prática regular de exercícios.
"Ele previne o diabetes, a hipertensão, a obesidade, entre outros problemas, e ainda melhora a circulação e a função renal", afirma o nefrologista Nestor.
Segundo ele, qualquer atividade já é melhor do que o sedentarismo, mas é sempre recomendado buscar um treino que agrade o paciente para que ele não se sinta desestimulado com o tempo.
Fonte Minha Vida
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