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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Poluição do ar aumenta risco de resistência à insulina em crianças

Estudo procurou explorar a possível associação entre a poluição do ar e resistência à insulina em crianças
Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Estudo procurou explorar a possível associação entre a
poluição do ar e resistência à insulina em crianças
Níveis de resistência à insulina são maiores em crianças com exposição elevada a material particulado no bairro onde moram
 
Pesquisadores do Helmholtz Zentrum München, na Alemanha, descobriram que níveis elevados de poluição do ar aumentam o risco de resistência à insulina, precursora do diabetes, em crianças.
 
Estudo sugere que níveis de resistência à insulina são maiores nas crianças com maior exposição à poluição do ar no bairro onde moram.
 
A pesquisa foi publicada na revista Diabetologia.
 
Estudos anteriores já haviam identificado vínculos entre a poluição do ar e outras condições crônicas, como a aterosclerose e doenças cardíacas. No entanto, até à data, estudos epidemiológicos que examinaram as associações entre a exposição a longo prazo à poluição do ar relacionada com o tráfego e diabetes tipo 2 em adultos são inconsistentes, e estudos sobre a resistência à insulina em crianças são escassos.
 
Assim, o novo estudo procurou explorar a possível associação entre a poluição do ar e resistência à insulina em crianças.
 
"Embora a toxicidade seja diferente entre os poluentes do ar, todos eles são considerados potentes oxidantes que atuam diretamente sobre os lipídios e as proteínas ou indiretamente através da ativação de vias oxidantes intracelulares. O estresse oxidativo causado por exposição a poluentes do ar pode, por conseguinte, desempenhar um papel no desenvolvimento de resistência à insulina", afirma o pesquisador Joachim Heinrich.
 
A equipe coletou amostras de sangue de 397 crianças de 10 anos de idade em jejum. A exposição individual a poluentes do ar no trânsito foi estimada por meio da análise de emissões do tráfego rodoviário no bairro, densidade populacional e uso do solo na área, e a associação entre poluição do ar e resistência à insulina foi calculada usando um modelo ajustado por vários possíveis fatores, incluindo status socioeconômico da família, peso ao nascer, estado puberal e IMC.
 
Os modelos também foram ajustados para a exposição à fumaça passiva em casa.
 
Os pesquisadores descobriram que em todos os modelos brutos e ajustados, os níveis de resistência à insulina foram maiores nas crianças com maior exposição à poluição do ar.
 
A resistência à insulina aumentou 17% por cada 10,6 g/m3 de aumento de dióxido de azoto (NO2) no ambiente, e 19% para todos os 6 mg/m3 de aumento de material particulado.
 
A proximidade com a estrada principal também aumentou a resistência à insulina.
 
"Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo prospectivo a investigar a relação entre a poluição do ar relacionada com o tráfego de longo prazo e resistência à insulina. Níveis de resistência à insulina tendem a aumentar com a maior exposição à poluição do ar, e esta observação manteve-se robusta após o ajuste para vários fatores, incluindo status socioeconômico, IMC e tabagismo passivo", conclui Heinrich.
 
A equipe planeja agora, investigar como os resultados se traduzem nas idades mais avançadas, durante ou após a puberdade. Eles afirmam que os resultados do estudo reforçam a noção de que o desenvolvimento de diabetes em adultos pode ter sua origem no início vida.
 
Fonte isaude.net

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