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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Enxerto de células utilizando novo biomaterial reverte sintomas do diabetes

Professor Andrés Garcia, responsável pelo estudo, olha para o biomaterial
Foto: Georgia Institute of Technology
Professor Andrés Garcia, responsável pelo estudo,
 olha para o biomaterial
Hidrogel melhora sobrevivência de células produtoras de insulina enxertadas no corpo e 'cura' doença em menos de 10 dias
 
Células produtoras de insulina enxertadas em um modelo de rato diabético por meio de um novo biomaterial reverteram os sintomas da doença nos animais em menos de 10 dias, de acordo com pesquisadores da Georgia Tech, nos EUA.
 
A pesquisa pode levar a uma possível cura para o diabetes tipo 1 que afeta cerca de 3 milhões de americanos.
 
Os cientistas projetaram um biomaterial para proteger o conjunto de células produtoras de insulina, ilhotas pancreáticas de doadores, durante a injeção nos animais.
 
O material também contém proteínas que promovem a formação de vasos sanguíneos que permitem que as células se enxertem com sucesso, sobrevivam e funcionem no interior do corpo.
 
"É muito promissor. Há muita emoção, não só porque podemos fazer com que as ilhotas sobrevivam e funcionem, mas também podemos curar o diabetes com menos ilhotas que são normalmente necessárias", afirma o pesquisador Andrés Garcia.
 
O transplante de ilhotas pancreáticas reemergiu como uma terapia promissora na década de 1990. Pacientes com diabetes geralmente acham difícil cumprir com múltiplas injeções diárias de insulina, que melhoram apenas parcialmente os resultados a longo prazo. Transplante de ilhotas bem sucedido eliminaria a necessidade de administrar insulina. Enquanto ensaios sobre transplante de ilhotas tiveram algum sucesso e melhoraram o controle dos níveis de glicose muitas vezes, os sintomas diabéticos voltaram na maioria dos pacientes e eles tiveram que voltar a usar um pouco de insulina.
 
Transplantes mal sucedidos podem ser atribuído a vários fatores, dizem os pesquisadores. A técnica corrente de injeção de ilhotas diretamente nos vasos sanguíneos do fígado leva cerca de metade das células a morrerem devido à exposição a reações de coagulação do sangue. Além disso, as ilhotas têm problemas de ligação com os vasos sanguíneos quando entram no corpo e morrem ao longo do tempo.

Hidrogel
Agora, os pesquisadores desenvolveram um hidrogel, material compatível com os tecidos biológicos, que é um veículo de entrega terapêutica promissor. O polímero reticulado rodeia as células produtoras de insulina e as protege durante a injeção. O hidrogel contendo as ilhotas foi transferido para um novo local de injeção sobre a parte externa do intestino delgado, evitando assim a injeção direta na corrente sanguínea.
 
Uma vez no corpo, o hidrogel se degrada de forma controlada para liberar uma proteína de fator de crescimento que promove a formação de vasos sanguíneos e de conexão das ilhotas transplantadas com estes novos vasos.
 
No estudo, os vasos sanguíneos transformaram eficazmente o biomaterial e se ligaram com êxito às células produtoras de insulina.
 
Quatro semanas após o transplante, os ratos diabéticos tratados com o hidrogel tinham níveis normais de glicose, e as ilhotas estavam vivas e vascularizadas na mesma extensão de ilhotas de um pâncreas de um rato saudável.
 
A técnica também exigiu menos ilhotas que as tentativas anteriores de transplante, o que pode permitir aos médicos tratar mais pacientes com amostras limitadas de doadores. Atualmente, as células doadas de dois e três cadáveres são necessárias para um paciente.
 
Fonte isaude.net

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