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domingo, 9 de junho de 2013

Anticorpos de animais podem melhorar produção de medicamentos para humanos

A equipe espera, agora, aproveitar o poder potencial de anticorpos
 CDR H3 longos para uma ampla variedade de aplicações humanas
População vasta e diversificada de anticorpos encontrada na vaca tem capacidade de se ligar a qualquer invasor do corpo
 
Pesquisadores do Scripps Research Institute, nos EUA, descobriram que uma família de anticorpos presentes na vaca pode levar a novas formas de produzir medicamentos para humanos.
 
População vasta e diversificada de anticorpos dos animais pode coletivamente se ligar a qualquer um dos invasores do corpo.
 
"A estrutura e os mecanismos destes anticorpos não tinham sido vistas antes em outros "anticorpos" animais", afirma o investigador principal Vaughn V. Smider.
 
Os resultados foram publicados na revista Cell.
 
Anticorpos, que fazem parte do nosso sistema imunológico, são grandes proteínas com 'uma cauda e dois braços idênticos' que servem para pegar alvos específicos (chamados "antígenos", muitas vezes partes de bactérias ou vírus). No fim de cada braço há um pequeno conjunto de proteínas chamado CDRs, que realmente fazem a captura.
 
Reorganizando e mutando genes que codificam CDRs, o sistema imunológico do animal pode gerar uma população vasta e diversificada de anticorpos que coletivamente podem se ligar a qualquer um dos invasores do corpo.
 
Nos seres humanos e em muitos outros mamíferos, a maior parte da especificidade de um anticorpo para um alvo é regulada pela maior região CDR, CDR H3. Pesquisadores têm demonstrado indícios de que uma versão excepcionalmente longa deste domínio pode ser a chave para uma defesa bem sucedida contra uma infecção perigosa.
 
Por exemplo, em um estudo publicado na revista Nature em agosto passado, pesquisadores isolaram um anticorpo anti-HIV com um longo CDR H3 com o dobro do comprimento que permite agarrar uma estrutura crucial sobre o vírus e, assim, neutralizar a infetividade da maior parte das estirpes de HIV.
 
A equipe acredita que utilizar esses longos CDRs como uma sonda que pode caber em espaços estreitos pode atingir e agarrar determinantes patógenos únicos escondidos que os anticorpos comuns não podem.
 
Relatórios sobre estes anticorpos capturaram o interesse de Smider, cuja área de pesquisa inclui encontrar novas formas de gerar anticorpos terapêuticos. "Começamos a pensar em como poderíamos produzir esses CDR3s que são tão raros em humanos, e nós sabíamos que as vacas produzem os CDRs mais longos o tempo todo", afirma Smider.
 
A equipe, então, realizou uma análise estrutural e sequencial detalhada destes anticorpos anormalmente longos da vaca, para obter uma maior compreensão sobre como eles são criados, naturalmente, e como tais estruturas podem ser projetadas em laboratório.
 
A equipe foi capaz de cristalizar as amostras de anticorpos CDR H3 e determinar as estruturas 3D atômicas de dois anticorpos representativos por cristalografia de raios-X.
 
Embora a estrutura da proteína no anticorpo longo no anti-HIV humano tenha parecido incomum, a estrutura correspondente nos anticorpos da vaca acabou sendo única no mundo dos anticorpos animais 'conhecidos'.
 
Nas vacas, ligação destes anticorpos com vírus e bactérias é feita quase inteiramente por meio do CDR H3 longo, o que mostra que estes anticorpos têm uma função importante no sistema imune. Pela primeira vez os pesquisadores conseguiram um anticorpo CDR3 ultralongo ligado a um patógeno real.
 
A equipe espera, agora, aproveitar o poder potencial de anticorpos CDR H3 longos para uma ampla variedade de aplicações humanas.
 
Fonte isaude.net

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