
"Estamos preparando um modelo de avaliação desses médicos porque queremos profissionais bem formados, com capacidade de atuar, que conheçam os problemas de saúde de nosso país", disse o ministro à imprensa durante o ato de lançamento de uma campanha de vacinação contra a poliomielite.
Padilha se referiu à prova ao ser interrogado sobre as críticas de alguns setores brasileiros sobre a qualidade dos médicos que serão contratados no exterior, já que inicialmente não terão que validar seus diplomas no país.
O Brasil está negociando com Espanha, Portugal e Cuba a possibilidade de contratar médicos desses países para os quais oferecerá cursos de português e vistos de trabalho de entre dois e três anos para atender áreas carentes, principalmente zonas rurais, onde o atendimento de saúde é deficitário.
O ministro afirmou que o Brasil já enviou missões aos países que podem enviar profissionais, assim como para países que já contrataram médicos estrangeiros para atender áreas com déficit de profissionais, como Canadá, Inglaterra e Austrália. Padilha lembrou, ainda, que o Brasil precisa dos estrangeiros para suprir um déficit de cerca de 13 mil profissionais em áreas periféricas e em cidades do interior, já que a minoria dos médicos brasileiros aceita essas condições.
No último concurso para enviar 13 mil médicos a 1.307 municípios carentes com déficit de profissionais, o Ministério da Saúde só conseguiu contratar 3.800 profissionais apesar de os salários oferecidos serem de R$ 8 mil, além dos benefícios.
Segundo estatísticas do Ministério, enquanto o Brasil tem um médico para cada mil habitantes, a Argentina tem 3,2 e o México, 2,0.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), entidade que regula o exercício da profissão no país, se opõe à iniciativa de atrair estrangeiros, entre outras razões pela suposta falta de capacitação. O CFM diz se contrapor a "qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação".
Fonte Efe/R7
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