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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cientistas querem criar supervírus para estudar nova gripe aviária

Um grupo de 24 cientistas anunciou hoje a intenção de conduzir um experimento que pode criar um supervírus de gripe do tipo H7N9. Apesar de apresentar certo risco de segurança, um estudo de manipulação genética é necessário aos planos de prevenção contra uma eventual pandemia, dizem os biólogos.
 
Em carta divulgada pelas revistas "Science" e "Nature", o grupo --liderado por Ron Fouchier, do Centro Médico Erasmus, de Roterdã, e Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA)-- lista características do vírus que o tornam preocupante.
 
O H7N9, que surgiu na China em março após saltar de aves para humanos, matou 43 pessoas e infectou mais 91.
 

Apesar de existir apenas um caso confirmado de transmissão de pessoa para pessoa, o vírus preocupa, pois se adapta bem ao organismo humano quando consegue penetrá-lo. O patógeno, além disso, apresentou resistência a antivirais nos pacientes tratados na China e parece ser assintomático em aves, o que acelera sua disseminação.
 
O teste proposto agora busca avaliar o risco de uma mutação natural tornar o vírus um organismo capaz de gerar uma pandemia humana. "É crítico realizar experimentos que podem resultar em ganho de função [do vírus] para levantar informações que podem ajudar em atividades de vigilância", escreveram os biólogos.
 
Em 2011, Fouchier sofreu censura nos EUA e na Holanda ao tentar publicar estudo similar. Ele tinha criado uma versão turbinada do H5N1 --outro vírus de gripe-- para entender o risco de uma mutação natural fortalecê-lo. Os governos demoraram a liberar a publicação do trabalho com receio de ajudar terroristas a criar armas biológicas.
 
O Departamento de Saúde dos EUA criou novos critérios para avaliar pedidos de liberação de experimentos, e deve analisar agora a nova proposta de Fouchier e Kawaoka.
 
Fonte Folhaonline

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