
Martinez disse que veio ao Brasil por várias razões, entre elas, a
oportunidade de trabalhar para o povo brasileiro. Sobre a polêmica em torno do
pagamento dos salários, que serão feitos por meio do governo cubano e não
diretamente aos profissionais, Gonzales disse que isso é o que menos importa,
pois tem o emprego garantido em seu país e parte dos recursos irá para ajudar o
seu povo.
“O mais importante é colaborar com os médicos brasileiros e ajudar na
qualidade de vida do povo daqui. Também é importante a irmandade entre o povo
cubano e o povo brasileiro que existe há muito tempo”, disse.

Um grupo de 25 simpatizantes do socialismo e de Cuba esteve no Aeroporto
Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek com cartazes.
Durante a longa espera, que durou mais de duas horas, os manifestantes gritavam
palavras de ordem como “Cubano amigo, Brasil está contigo” e “Brasil, Cuba,
América Central, a luta socialista é internacional”.
Em meio às manifestações de apoio, Ana Célia Bonfim, que se identificou como
médica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal chegou a gritar entre os
manifestantes que tudo não passava de uma “palhaçada”. “Profissional troca
alguma coisa por bolsa. Isso não é coisa de profissional. Pelas condições que
tem o médico cubano, claro que eles vão trocar isso pelas condições brasileiras.
Mas isso é exploração de mão de obra”, disse.
O restante dos médicos cubanos desembarca hoje(25) em Fortaleza, às
13h20, no Recife, às 16h, e em Salvador, às 18h, segundo o ministério. Ao todo,
644 médicos, incluindo os 400 cubanos, com diploma estrangeiro
chegam ao Brasil até este domingo (25). Na sexta-feira (23), começaram a chegar
os médicos inscritos individualmente em oito capitais.
Os profissionais cubanos fazem parte do acordo entre o ministério com a
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para trazer, até o final do ano, 4 mil
médicos cubanos. Eles vão atuar nas cidades que não atraírem profissionais
inscritos individualmente no Programa Mais Médicos. O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, rebateu as críticas das entidades médicas que questionam a formação médica dos profissionais
cubanos.
Na segunda-feira (26), tantos os médicos inscritos individualmente
(brasileiros e estrangeiros), quanto os 400 cubanos contratados via acordo,
começam a participar do curso de preparação com aulas sobre saúde pública
brasileira e língua portuguesa. Após a aprovação nesta etapa, eles irão para os
municípios. Os médicos formados no país iniciam o atendimento à população no dia
2 de setembro. Já os com diploma estrangeiro começam a trabalhar no dia 16 de
setembro.
O curso vai ter carga de 120 horas com aulas expositivas, oficinas,
simulações de consultas e de casos complexos. Também serão feitas visitas
técnicas aos serviços de saúde com o objetivo de aproximar o médico do ambiente
de trabalho.
Agência Brasil
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