As pílulas são idênticas e, muitas vezes, provocam os mesmos efeitos terapêuticos. Uma delas, contudo, é falsa. O placebo, remédio sem a substância ativa utilizado em testes de medicamentos, é um dos grandes mistérios da medicina.
Ninguém sabe dizer como uma “droga de mentira” é capaz de gerar resultados quando o paciente — e, às vezes, o próprio cientista — não tem ideia de que o comprimido é inócuo. Para alguns pesquisadores, certas pessoas teriam uma propensão maior a responder às cápsulas de açúcar. Já se chegou a afirmar, inclusive, que existiria um gene relacionado ao placebo.
Essa ferramenta é fundamental durante a pesquisa de novos medicamentos. Antes de entrar no mercado, o remédio tem de ser exaustivamente testado, uma garantia de sua segurança e de sua eficácia. Para saber se a droga funciona, os pacientes são divididos em grupos. Parte deles recebe uma fórmula sem a substância ativa, ou seja, o placebo.
Essa ferramenta é fundamental durante a pesquisa de novos medicamentos. Antes de entrar no mercado, o remédio tem de ser exaustivamente testado, uma garantia de sua segurança e de sua eficácia. Para saber se a droga funciona, os pacientes são divididos em grupos. Parte deles recebe uma fórmula sem a substância ativa, ou seja, o placebo.
No fim, comparam-se os resultados: se, estatisticamente, houve melhoras significativas entre as pessoas que tomaram o medicamento verdadeiro, esse é um forte indicativo da efetividade do remédio. Quando o estudo é duplo-cego, nem os médicos sabem quem está tomando o quê, para que influenciar o resultado.
Agora, uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e pelo Hospital Geral de Massachusetts mostrou que o efeito placebo não tem relação com inclinações pessoais. Um indivíduo pode se beneficiar de um tratamento falso e, em outro teste semelhante, não ter qualquer ganho. “Nosso trabalho exclui a possibilidade de o placebo funcionar para algumas pessoas e não para outras”, explica Jian Kong, principal autor do estudo.
Agora, uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e pelo Hospital Geral de Massachusetts mostrou que o efeito placebo não tem relação com inclinações pessoais. Um indivíduo pode se beneficiar de um tratamento falso e, em outro teste semelhante, não ter qualquer ganho. “Nosso trabalho exclui a possibilidade de o placebo funcionar para algumas pessoas e não para outras”, explica Jian Kong, principal autor do estudo.
De acordo com ele, a maior influência está, na verdade, nas expectativas que as pessoas criam sobre um tratamento. “As respostas dependem de diversos fatores, incluindo a forma de administração (oral ou venosa, por exemplo), o condicionamento e a sugestão verbal. Isso implica que o efeito não está associado a traços individuais, mas a um conjunto de circunstâncias ambientais”, afirma Kong.
Fonte Correio Braziliense
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